Sunday 14 January 2018

Meu cachorro Enee

As pessoas mais próximas de mim sabem que faz anos que eu queria um cachorro. Desde quando ainda morava no Brasil, há mais de 10 anos, que eu queria um cachorro. Lembro inclusive de um dia que eu e o André fomos numa feira de adoção pegar um cachorro, mas ao chegar lá descobrimos que por causa da chuva ela foi cancelada.
Nos anos seguintes, as viagens, mudanças de país e estilo de vida não nos possibilitou de pegarmos um cachorro, mas na minha cabeça o Enee, nome que inventei pro cachorro, já existia.
Uma das coisas que me fez aceitar me mudar pros Estados Unidos foi a possibilidade de aqui ter um cachorro. Alugamos uma casa onde pudéssemos ter cachorro. Apesar de não ter quintal, ela é estrategicamente posicionada ao lado de um parque, e 5 minutos de caminhada de outro parque, ambos com bastante espaço pros cachorros correrem e socializarem.
Passei uns 2 meses procurando órgãos de adoção, mandando emails, mandando applications pra cachorros que eu via o perfil e gostava, e cheguei a visitar uma instituição, onde escolhi um cachorro pra adotar. Precisavam que o André fosse lá conhecer o cachorro também, mas ele estava no trabalho, e quando saiu outras pessoas já haviam adotado aquele cachorro. As respostas dos applications ou vinham que o cachoro já havia sido adotado ou não respondiam.
Temos limite de tamanho e peso aqui onde moramos, e queríamos um cachorro razoavelmente jovem, no máximo 5 anos, e acabou que adotar ficou muito complicado. Até vi de adotar um no Brasil e trazer pra cá, mas por causa das vacinas todas e do tempo que eu ficaria no Brasil esse plano não deu certo. Durante minha estadia no Brasil passei um bom tempo a procurar criadores de fox terrier, a raça do Enee. Eles são a maioria em estados bem longe, e poderíamos comprar pela internet que eles mandam o cachorro de avião, ou poderíamos viajar pra lá pra pegar o cachorro, e tudo parecia difícil. Foquei então nas raças de criadores do estado de Massachusetts, e acabei que encontrei um criador com cachorrinhos de 12 semanas, há 45 min de Boston. Mandei os detalhes pro Andre, entrei em contato com o criador, e 1 semana depois estava o Enee lá em casa: um Welsh Terrier, muito parecido com Fox Terrier, mas de outra cor.
Foi duro eu esperar ainda 3 semanas no Brasil, sabendo que tinha um filhotinho de cachorro me esperando em Boston.
Mas finalmente chegou a hora de eu conhecer esse pequeno ser que me encanta todos os dias. O André foi me buscar no aeroporto e ele estava no carro.
Já faz 4 meses que ele está em nossas vidas, e nós não conseguimos mais imaginar não tê-lo por perto. Inclusive, quando fomos pra Florida e o deixamos com amigos, foi estranho voltar pra casa e ele não estar lá.
Nós o levamos conosco pra maioria dos lugares, inclusive em viagens que fazemos de carro.
Enquanto escrevo este post ele está deitado no meu colo aqui no sofá. Estou toda torta pra não interromper o sono dele, ainda mais porque ele está se recuperando da cirurgia de castração, tadinho.

Algumas das dezenas de fotos que tenho dele dormindo no meu colo


Aqui vai um resumo do Enee:
- é cheio de energia
- mastiga tudo o tempo inteiro! Temos que ficar de olho, pois ele acaba comendo coisa de não deve e passa mal depois. Inclusive, um grande perigo pra raça com esse tipo de comportamento é deles comerem algo que obstrua algo no sistema gastro intestinal e precisem de cirurgia pra tirar!
- ele ADORA dormir no nosso colo
- destrói todo e qualquer brinquedo que compramos pra ele
- gosta de comer maçã e pipoca comigo de tarde enquanto vejo algum seriado
- vive tentando pegar meias da minha caixa de meias quando abro meu armário
- gosta de sentar na poltrona do quarto e mastigar minha almofada
- ele faz o maior sucesso quando saímos na rua. Muita gente para pra saber que raça é e quer passar a mão na cabecinha dele. Adoram o Enee!
- enquanto eu fico no computador fazendo algo, ele fica deitado do meu lado na cadeira mastigando um brinquedo dele


E aqui vai um resumo meu:
- cachorro novinho dá BASTANTE trabalho. Tem que ficar o tempo inteiro e olho, que nem criança
- Agora ele já trocou os dentinhos, mas dentinho de puppy é bem afiado e eu vivia com a mão arranhada
- a melhor coisa pra gastar energia deles é deixá-los brincando com outros cachorros
- estou cheia de foto dele no meu celular e tenho que me policiar, senão fico postando fotos dele e esqueço que o perfil de rede social é meu, e não dele
- treinamento de cachorro exige tempo e paciência
- temos tentado acostumá-lo com coisas nem tanto agradáveis pra ele, como cortar a unha, escovar os dentes e pentear o pêlo (se bem que agora ele gosta deste último). Comprar petiscos de qualidade ajuda muito nessas tarefas.

Finalmente realizei mais um sonho na minha vida, o de ter um cachorro!

Ser mãe de cachorro não é só passeio no parque, mas eu adoro!



Monday 1 January 2018

Ano novo na Florida

Pro ano novo nós voamos pra Flórida encontrar minha família. Seria uma excelente oportunidade de revê-los e também pra pegar um pouco de sol e clima agradável na Flórida.
Saímos de Boston dia 30 bem cedo e 3 horas depois pousávamos em Orlando. Fomos direto pro hotel Cabana Bay, um dos hotéis no complexo da Universal, onde meus pais, uma das minhas irmãs e meu sobrinho estavam hospedados. Infelizmente minha irmã mais nova não pode nos acompanhar nesta viagem.
Encontramos meu pai na recepção do hotel e fomos deixar nossas coisas no quarto deles, enquanto esperávamos o horário do nosso check-in. Só largamos as coisas lá e pegamos o ônibus do hotel, que nos levou até a entrada do Skywalk, uma área cheia de restaurantes logo antes da entrada dos parques da Universal. Tem um restaurante chamado Bubba Gump Shrimp, fundado por causa daquele filme Forrest Gump, que fazia tempo que meus pais queriam experimentar.
Almoço no Bubba Gump Shrimp


Conseguimos uma mesa e almoçamos ali frutos do mar. A comida estava boa, mas minhas expectativas eram maiores por algum motivo. Meu pai e o André também não acharam sensacional, mas minha mãe gostou bastante da comida.
Depois os demais foram entrar nos parques da universal, enquanto eu e o André ficamos caminhando por ali pra matar tempo e aproveitar o sol e clima ameno.
Depois do check-in ficamos no hotel descandando, pois havíamos acordado muito cedo. Mais tarde encontramos todo mundo pra janta ali no hotel mesmo. Eles têm várias opções pra janta, inclusive um buffet de saladas muito bom, bem parecido com as saladas que comemos de janta em casa.
Dia 31, dia de ano novo, foi outro dia de sol com clima ameno. Acordamos bem cedo pra tirar proveito do fato de podermos acessar certas áreas do parque 1 hora antes do resto do público, por sermos hóspedes de um dos hotéis da universal. Fomos direto num dos brinquedos do Harry Potter, o do castelo (o mais legal dos 2 brinquedos, na minha opinição). Em períodos cheios, como de ano novo, a espera em tal brinquedo pode passar de 2 horas. Ficamos 20 minutos na fila. Dali fomos direto no brinquedo do King Kong, outro bem procurado, e a espera foi de 5 minutos. Já chegamos a ficar 1:30 na fila de tal brinquedo no passado. Mas foi isso, depois desses tudo a fila demorava 1:30. Eu, o André e o Gabriel fomos na montanha russa do Hulk, e depois fomos almoçar com os demais num restaurante bem legal do Skywalk chamado Cowfish. Eles servem hamburguer e sushi, o que agradou aos nossos paladares diversos.
Almoço no Cowfish, onde almoçarmos 2 dias seguidos

Depois do almoço fomos no brinquedo do Transformers, o melhor 3D dos parques, na minha opinião. Logo, os demais retornaram ao hotel pra descansar pra festa de ano novo, e eu fiquei no parque até pelas 5:30 da tarde pra ver cantos que eu não conhecia e ver atrações menos procuradas. Acabava ficando só na fila dos brinquedos mais famosos e não via outras coisas interessantes do parque. Fui no show do Simbad, no brinquedo do Poseidon e retornei na montanha russa do Hulk. Só depois voltei pro hotel pra descansar.
Eu e meu sobrinho a caminho dos parques da Universal
Eu e minha irmã na frente das réplicas das casas de Londres
Família na área do Harry Potter, com sol
Mesma paisagem da foto anterior, no dia seguinte

Pensamos em retornar aos parques pelas 10 da noite pra ver o show de fogos, mas mudamos de planos e ficamos no hotel mesmo. Eles haviam organisado uma festa na área central do hotel, que estava toda enfeitada de balões. Havia uma opção de comida pra ceia de ano novo, além das demais opções de todos os dias. Havia DJ e pista de dança, e a festa estava super empolgada. Chegamos cedo e pegamos uma mesa, e ficamos ali conversando, bebendo um pouco, vendo o movimento e aproveitando a companhia da família.
Na hora da contagem regressiva muita gente foi pro meio do salão esperar os balões do teto caírem, o que aconteceu quando chegou meia-noite.
Foi um ano novo super divertido, com bastante música, comida e até dança!!
Feliz 2018!!

Festa de ano novo no Cabana Bay

Dia primeiro amanheceu bem frio e nublado. A temperatura nos demais dias caiu drasticamente, e eu acabei usando as roupas e inverno que eu usava em Londres. Minha família que passou mais trabalho, pois como no Brasil (assim como na Flórida) não é comum dar frio assim, alguns passaram um pouco de frio durante o dia.
Voltamos aos parques da universal, mas chegamos mais tarde e fomos e poucos brinquedos. Minha maior reclamação é o fato de que a entrada pros parques é ridiculamente cara, mais de 200 dólares, e praticamente você tem acesso aos parques e 2 ou 3 brinquedos. Pra aumentar e receita e dar opção de não perder tanto tempo em fila, eles vendem o tal fastpass, que custa 70 dólares e que te dá acesso a uma fila especial, que anda mais rápido. O resultado é que as filas ficam ainda piores e mais demoradas. Detesto isso e recidi que não volto mais nesses parques. Já estive neles vezes o suficiente e o custo benefício simplesmente não se justifica mais.
Dia 2 foi um dia de clima abominável. Choveu praticamente o dia inteiro, com vento e muito frio. Neste dia visitamos a NASA. Eu já havia visitado a NASA, mas fazia mais de 20 já e não lembrava de muita coisa. O André nunca havia ido, e ele adora tudo que é do espaço, então ele curtiu bastante o passeio. Na verdade nós todos curtimos, e o bom de termos ido lá neste dia de frio e chuva é que a maioria das atrações é dentro. Vimos um filme muito bonito sobre o planeta terra e vimos foguetes e como são construídos. É um passeio interessantíssimo realmente.
Dia 3 choveu de novo, e nós fomos pra um shopping grande que tem em Orlando, e como era de se esperar, estava cheio. Chegamos lá pro almoço e ficamos umas 2 horas pelas lojas. Nem comprei nada, mesmo porque não havia espaço na minha mala de cabine. Logo já foi hora de voltar pro hotel, logo já foi hora de ir pro aeroporto, e logo foi hora de me despedir da minha família, o que é sempre muito difícil....
Hora da despedida - lágrimas...

Eles continuaram viagem pra Miami, enquanto eu e o André retornamos a Boston no meio de uma tempestade que estava a caminho desta parte do país, que congelou tudo e todos pela próxima semana. Os aeroportos fecharam no dia seguinte (demos sorte de termos ido neste dia), a neve acumulou em montanhas, as temperaturas ficaram em -15 graus.
Senti falta dos 9 graus da Flórida e dos dias de festa com pessoas importantes pra mim. Foi uma pena não ter podido experimentar as piscinas do Cabana Bay...

Vídeo da viagem: https://www.youtube.com/watch?v=mq52TFBm9jQ&feature=youtu.be



Visita a Ilha do Campeche

 Sabe aquela história que se repete em todos os lugares, onde as pessoas só fazem turismo em lugares que não são onde elas moram? Existem pa...