Saturday, 25 April 2020

Retornando aos Estados Unidos durante a pandemia

No fim de fevereiro começou a ficar claro que a situação do vírus estava fora de controle e era uma questão de tempo até que as coisas ficassem difíceis no Brasil inteiro. Eu estava acompanhando de perto as notícias dos jornais europeus e americanos e logo antes de Florianópolis ter sido "fechada" eu e minha mãe fomos no super mercado comprar mantimentos para cerca de 2 meses, assim comos os remédios de uso contínuo pra ela e meu pai. Não demorou para que as coisas começassem a faltar no super mercado, principalmente álcool gel. Pra nós nunca falou nada das coisas essenciais, mas deu pra perceber que a cadeia de suprimentos estava com dificuldades de manter o abastecimento, por motivos óbvios. 

Ficamos socialmente isolados, como a maioria no país e mundo, seguindo as notícias na televisão e na internet. Não demorou a aparecerem teorias da conspiração nos grupos de whatsapp e ao povo ir na onda dos políticos e politizarem a pandemia, ignorarem a ciência, mesmo sem querer, declararem sua ignorância e/ou incapacidade de pensamento crítico. Eu só saía de casa pra levar o lixo no andar térreo no prédio onde meus pais moram. Somos privilegiados em vários sentidos: eu estava trabalhando à distância, então não faltava dinheiro pra mim, meus pais moram num apartamento grande, com um terraço de bom tamanho, então não nos sentíamos enclausurados, como muitas pessoas que moram em lugar pequeno sem acesso ao ar livre. 

O meu retorno a Boston estava marcado pro começo de abril, mas eu sabia que devia estar preparada para mudanças de planos. Durante o período em que fiquei com meus pais eu ajeitei tudo pra que eles pudessem e soubessem usar diferentes aplicativos para que não precisassem sair de casa, organizava a lista de compras para entrega em casa, idem com farmácia e tantas coisas coisas que normalmente eles faziam em pessoa. Tudo o que podia foi substituído por aplicativos. Fazíamos reuniões virtuais com as minhas irmãs, uma na Espanha e a outra em Floripa mesmo. Era o começo da adaptação ao novo normal.

Eu estava acompanhando pelo site da Latam a situação dos vôos, e demorou um bom tempo para que eles deixassem de cobrar taxa de remarcação, mesmo com a pandemia a toda. Quando finalmente anunciaram que seria possível trocar a data do vôo (uma única vez) sem pagar taxa de remarcação, haviam notícias constantes de cancelamentos de vôo. Eu voei muitos anos com a Latam quando morei em Londres, e continuei a voar com eles morando em Boston porque são a única empresa que voa direto Guarulhos -> Boston Logan, mesmo sabendo por experiência própria que eles não são das melhoras empresas aéreas de se lidar. A medida que a data do meu vôo se aproximava eu tentava entrar em contato com a Latam, que compreensivelmente estavam dando prioridade para embarques próximos no atendimento das linhas telefônicas. Quando finalmente consegui falar com um atendente, perguntei com quanto tempo de antecedência saberia se o vôo a Boston seria cancelado, pois a última coisa que eu queria fazer era sair de Floripa e ao chegar em Guarulhos descobrir que o vôo seria cancelado. A resposta foi que não tinha como saber com certeza antes de chegar em Guarulhos. Esta resposta obviamente não foi boa o suficiente pra mim. Os dias foram passando e já era quase fim de abril quando percebi que o risco da fronteira entre Brasil e EUA fechar era grande. Comecei a pesquisar que outras empresas aéreas estavam voando assiduamente para os EUA. Não achava nenhuma opção que não precisasse de 3 conexões. Quanto mais conexão, maior a exposição e risco de pegar COVID-19. Minha mãe sugeriu que eu visse passagens para Orlando, que apesar de não ser rota direta com Boston é "no caminho", ao invés de outros destinos de escalas no meio dos EUA, o que adicionaria diversas horas de viagem. Vi que a Azul estava voando sempre 3 vezes na semana pra Orlando, e que em 2 dias teria um vôo disponível. Na pior das hipóteses eu alugaria um carro em Orlando e iria até Boston dirigindo. Aí vi que a Azul tem parceria com a Jetblue (mesma empresa eu acho), e voa direto Orlando -> Boston. Fechou! Comprei a passagem pra dentro de 2 dias: Floripa -> Campinas/SP -> Orlando -> Boston. Foi extremamente difícil deixar meus pais sozinhos. Eu estava os ajudando e fazendo companhia pra eles. Eu adoro estar com meus pais, conversar com eles, ver programas de TV, tocar piano, relembrar histórias, e devolver um pouco tudo o que fizeram por mim quando eu era criança, então estava me sentindo culpada e triste. Por outro lado o André estava sozinho com o Enee em Boston. E se ele precisasse de algo? Mas o que me fez ir foi que pensei o que aconteceria se eu ficasse doente. O André poderia cuidar de mim, mas meus pais não, pois são do grupo de risco. Foi com o coração pesado que me despedi dos meus pais no aeroporto de Floripa no fim de abril, de máscara e rapidamente, não exatamente a melhor forma de se despedir da família.

Aeroporto de Floripa fim de abril 2020 - vazio

O aeroporto novo de Floripa (que por sinal é lindo!) estava completamente vazio. No avião estavam todos de máscara e fiquei surpresa de ver que o vôo até campinas estava cheio. Dei sorte que não veio ninguém no assento do meio. Eu fui na janela até Campinas e havia uma pessoa no corredor. Sentei bem na frente no avião. Estava munida de 7 máscaras, vários pares de luvas descartáveis, lenços humedecidos e bastante álcool gel na bagagem de mão. Nas malas também bastante álcool gel, máscaras de pano e diversos rolos de papel higiênico, pois o André falou que em Boston era impossível achar estes items. Ao chegar no meu assento coloquei luvas, peguei lenço humedecido, taquei álcool gel e desinfetei tudo no meu assento, cinto, mesa, janela, enfim, tudo o que pudesse encostar durante o vôo. Não aceitei comer nem beber nada que me foi oferecido.

O aeroporto de Campinas tinha várias seções fechadas e somente uma sessão bem pequena aberta, onde haviam algumas lojas e restaurantes, todos varios. Fiquei 5 horas esperando o vôo de conexão, o que não foi nada divertido. Comi o que eu havia levado comigo e só comprei água mineral. O vôo até Orlando saiu pelas 11 da noite e foi dos melhores vôos da minha vida. Fui de classe executiva (paguei a mais pra ter mais segurança) e tinha bastante distância entre eu e qualquer outra pessoa no avião. Como a poltrona deita 180 graus dormi a noite inteira; nem jantei. No fim do vôo assisti um filme e logo chegamos em Orlando. A viagem me pareceu rápida, foi sem turbulência e super confortável. 


Classe executiva da Azul até Orlando - super aprovada

O aeroporto de Orlando estava a maior tristeza. Estive lá diversas vezes na minha vida e era sempre super cheio. Diversas lojas temáticas dos parques de Orlando, milhares de turistas chegando e saindo, o hub de conexão dos terminais era sempre super cheio, onde tem aquele hotel com sacadas viradas pra dentro do aeroporto, com folhagens verdes decorando-as. Desta vez estava tudo fechado. Nenhuma loja aberta, aeroporto completamente deserto. Salvo alguns poucos lugares de comida e pouquissimas pessoas. No meu vôo haviam várias pessoas que aproveitaram os preços baixos das passagens pra tentar a sorte em visitar a Disney, mas os parques estavam todos fechados.

Tinha 6 horas até minha conexão com Boston, então fiz check-in no hotel do aeroporto. Sempre tive curiosidade de ver como era aquele hotel, então consegui matar essa curiosidade pelo menos. O check-in foi feito de forma eletrônica, longe do balcão. Fui direto pro quarto, que era escuro e ainda era possível sentir o cheiro de um pouco de tabaco da época onde ainda era possível fumar em lugares fechados. É um hotel mais antigo, pois em 1990 quando fui com minha família para Orlando pela primeira vez, este hotel já existia. Larguei as coisas no quarto e saí pra comprar algo pra comer no McDonalds, que trouxe pra comer no quarto.

Almoço no hotel do aeroporto de Orlando - Abril 2020

Depois fui sentar na beira da piscina do hotel, de onde dá pra ver as pistas de decolagem e pouso. Só vi 3 pessoas durante minha curta estadia: a pessoa do check-in,  uma camareira e uma outra mulher que chegou na piscina quando eu tava saindo.

 Aí tomei um banho e fiquei descansando até a hora do meu vôo pra Boston, que estava bastante vazio e foi bem tranquilo também. 

Voo da Jetblue de Orlando até Boston - Abril 2020

O André estava me esperando no aeroporto em Boston e logo cheguei em casa. Como eu havia dormido bastante no vôo não estava tão cansada, e depois de outro banho completo (lavando o cabelo e tudo) pude ainda dar oi e brincar com o Enee, que fazia 4 meses que não via.

Fiquei em casa por 15 dias, grata por ter dado tudo certo e eu ter chegado bem e sem ter me contaminado. Foi bom saber que tomei a decisão certa, pois no dia seguinte da minha chegada a fronteira dos EUA com o Brasil foi fechada, e o meu vôo original da Latam pra Boston foi cancelado. Pedi o reembolso da viagem de retorno fim de maio. Estou escrevendo este post em dezembro, e até agora nada do meu dinheiro. Desde então, nossa vida mudou como a do resto do mundo, mas eu André, meus pais e resto da família continuamos bem e isso que importa.

Algumas cenas da viagem de volta: https://youtu.be/MNiaPhS2puA

Sunday, 8 March 2020

Reencontro UFSC CCO 2000 + CCJ 1994 em Floripa

No meu último post, em Novembro 2019, relatei a viagem a Seattle e o encontro da turma de 2000 de Ciência da Computação da UFSC, com a presença de alguns dos colegas que estão morando nos Estados Unidos ou Canadá. Pois neste post conto um pouco do encontro da turma de 2000 de Ciência da Computação da UFSC, com a presença de alguns dos(as) colegas que estão morando em Floripa ou arredores.
Vim ao Brasil em Fevereiro pra fugir do inverno do hemisfério norte e ver minha família, que neste ano coincidiu com 20 anos de formatura em ciência da computação (CCO) na UFSC.
A ilha de Floripa é um lugar lindo, por onde morei a maior parte da minha ida, que sinto em dizer não conheço tão bem quando poderia. Cada vez que eu venho tento ver um lugar novo, e desta vez, pra unir o útil ao agradável minha sugestão para o encontro foi um passeio à Costa da Lagoa.
Existem algumas possibilidades de se fazer o passeio. Nós pegamos o barco do restaurante Bela Ilha, um dos diversos restaurantes que se encontra na Costa da Lagoa, que pega os passageiros do trapiche P.3 (https://goo.gl/maps/bAdcNV33uMszZjnd6) e em cerca de 20 minutos depois de uma viagem pela Lagoa da Conceição, nos deixou na frente to restaurante.
Outra possibilidade é fazer uma trilha da Costa da Lagoa, que demoraria cerca de 1:30hs, mas que por diversos fatores resolvemos por não fazer.
Minha colega e nosso professor e orientador de TCC

A terceira possibilidade é pegar um barco pago, turístico, que leva as pessoas até o último restaurante da Costa da Lagoa, que dizem ser o melhor deles.
Estávamos em 11 pessoas (contando maridos e filhos de algumas) includindo um de nossos professores, que foi também meu orientador de TCC e quem não via desde a formatura. De formandas estávamos em 5 e foi interessante que nenhum dos meninos formandos apareceu. Até fizemos graça dizendo que dizem não ter tantas mulheres em exatas, e pro nosso encontro só apareceram mulheres. Se bem que uma das nossas professoras, que não pôde se juntar a nós pro almoço, mas que apareceu no trapiche pra nos dar um abraço, nos contou que atualmente são praticamente zero meninas em Ciência da Computação. Possivelmente porque hoje em dia existem outros cursos menos focados em cálculo, como Sistemas de Informação, que acaba sendo a preferência delas.
Mulheres de CCO UFSC 2000

Deram-nos uma mesa na sombra e fomos muito bem guarnecidos com bebidas geladas e sequência de camarão típica dos restaurantes praieiros de Floripa, que nos manteve ocupados durante a conversa sobre diversos tópicos, que se sucedeu por algumas horas.
Tivemos direito a imagens aéreas com o drone do marido de uma das ex-colegas pra complementar o vídeo do passeio (https://www.youtube.com/watch?v=y0jUv4s5Rlc&t=14s) e fotos que coloco aqui no post.

Turma na Costa da Lagoa, Floripa

Não muito antes deste encontro eu consegui encontrar alguns dos colegas de formatura do segundo grau do Colégio Coração de Jesus (hoje chama-se Menino Jesus), turma de 1994. Vários de nós estudamos no mesmo colégio por mais de 10 anos, muitos inclusive sempre na mesma turma. Diversos de nós também mantivemos amizades até hoje com alguns da turma. Eu sempre mantive contato com duas meninas de quem era bastante amiga no colégio, e uma delas vejo sempre que venho ao Brasil e ela me visitou em Londres algumas vezes quando eu morava lá. Sou inclusive madrinha da filha dela.
Ano passado, que fez 25 anos de formatura, eles organizaram um encontro no LIC onde foram mais de 100 pessoas, mas que infelizmente não fui porque não estava no Brasil. Um grupo do Whatsapp foi criado para organizar o encontro e nos primeiros dias eram cerca de 2000 mensagens diárias das pessoas se reencontrando, tanto que não aguentei e saí cerca de 5 dias depois de ter entrado. Quando cheguei ao Brasil pedi pra ser adicionada de novo e foi quando combinamos o mini-encontro. Foram cerca de 10 pessoas, alguns que eu não via desde 1994. Foi tão bom conversar com essas pessoas como se o tempo não tivesse passado, conhecendo o rumo que a vida de cada um tomou desde então... Alguns casaram e tiveram filhos, outros só casaram, outros já se divorciaram, alguns médicxs, advogadxs, psicólogxs, empreendedores de diversas áreas, enfermeirxs, engenheirxs, outros ficam com os filhos, enfim, tinha bastante papo pra pôr em dia.

Mini-encontro do 3ao 1994 do CCJ em Floripa


Friday, 22 November 2019

Seattle - Greys Anatomy + reencontro com ex-colegas da UFSC em Seattle

Sexta-feira o dia amanheceu com neblina de novo. Pretendíamos subir na torre Space Needle com nosso casal de amigos, pois eles haviam conseguido ingressos de graça pra gente (custa $40 por pessoa subir lá!!). O plano era ir de manhã, mas com a neblina e a previsão de limpar o tempo de tarde resolvemos deixar pra ir na torre mais no fim do dia. Já eram 11 da manhã quando chegamos no Pier 55, um lugar de vários piers de onde saem barcos de passeio pra diversos lugares ali dos arredores, onde também se encontram lojas e restaurantes. Como não havia sol e o frio era maior que o dia anterior não achamos vantagem ficar ali.
Pelos arredores do Pier 55

Caminhamos de volta pro Pike market, que era ali perto. Fomos ver outras lojas e o André acabou comprando um mapa e eu um calendário ilustrado.
Almoçamos num restaurante chamado Matts on the market, que aparentemente é bem tradicional. A comida estava melhor que a do dia anterior.

Almoço no Matts in the Market em Seattle

Dali fomos até os arredores da Space Needle. Estacionamos o carro e fomos ver o prédio que funciona como exterior no seriado Greys Anatomy, que se passa em Seattle. Na verdade o show é filmado em Los Angeles, e a entrada do hospital no seriado fica também em Los Angeles. Só aquela parte redonda de vidro que aparece de longe que fica ali em Seattle.
A procura do McSteamy de Greys Anatomy


Ali perto ficam também o Mopop (museu do Pop e Rock) e o Chihuly Gardens e Museu do vidro. Este último nós visitamos, e foi bem interessante. O cara chamado Chihuly é um artista de vidro, que estudou em Murano, ao lado de Veneza, e produzia verdadeiras obras de arte com vidro.  Ele fez várias exibições pelo mundo e seus candelabros de vidro são famosos. Só vendo pra ter idéia de como é bonito. Ele tem uma escola onde ensina sua arte para outros artistas.






Obras de vidro em Chihuly Gardens

Resolvemos ir num lugar tomar algo e fazer um lanche num pub ali perto, onde tocava Rock n Roll pesado. Parecia lugar de filme, de tão estereótipo que eram as pessoas que ali estavam, incluindo o garçon. Pedi uma diet coke e um pedaço de torta de berries, que não consegui comer mais que uma garfada de tão doce.
Às 4:30 nossos amigos chegaram e fomos subir na Space Needle. Era pôr-do-sol quando estávamos lá em cima e conseguimos ver a cidade de Seattle toda iluminada lá de cima.
Karlinha e eu na Space Needle, em Seattle


Fomos jantar num restaurante perto da casa deles em Kirkland, depois de termos ficados um tempão presos no trânsito de Seattle, numa sexta-feira à noite.
Mais tarde eu, o André e o Thiago saímos de novo pra encontrar o resto do pessoal que havia chegado pro encontro da turma da faculdade, que foi o motivo principal dessa nossa viagem viagem.
Diversas pessoas que se formaram em Ciência da Computação da UFSC, turma de 2000, que moram na América do Norte foram. Ano passado mandei email pra algumas delas sugerindo um encontro e o Thiago ofereceu a casa dele pra ser o local pro churrasco. Estávamos em 7. Fomos num pub tomar um drink e começar a colocar a conversa em dia. O papo foi longe, mas eu e o André voltamos mais cedo que os demais e mesmo assim fomos formir eram mais de meia-noite.
Começo das celebrações - Computação UFSC turma de 2000

No sábado foi o churrasco na casa do Thiago e da Karla (que eram nossos amigos mais próximos quando moramos na Nova Zelândia). Passamos o dia conversando, bebendo (eu fiquei longe do álcool), relembrando os velhos tempos e histórias engraçadas, alguns deles assistiram um jogo de futebol (um deles torce pro Flamengo, que estava jogando e ganhou algum campeonato), jogando truco e descobrindo mais sobre a trajetória da vida de cada um desde a saída da universidade até hoje.
Jogatina rolando solta (TRUCO!!)

 O Thiago fez um churrasco excepcionalmente bom. Eu só ia comer churrasco vegetariano (com haloumi, mushroom e abobrinha) e recusei até coração de galinha, que sempre gostei bastante. Quando eu havia terminado de comer e fui lá pra rua (tinha um patio heater na rua) ele estava tirando costela. Faziam anos que eu não comia costela e o cheiro estava convidativo. Resolvi pegar um pedacinho bem pequeninho pra provar e o gosto estava delicioso. Acabei comendo diversos pedaços. Um dos meus colegas, que recentemente virou vegetariano, também acabou comendo. Me lembrou a minha infância, quando eu comia costela em churrasco feito por amigos dos meus pais.

Churrasco de costela feito pelo melhor churrasqueiro que eu conheço

Foi muito engraçado jogar truco de novo. Eu havia esquecido algumas regras e aos poucos eu (e os demais) fomos relembrando.
Por serem todos agora "homens de família" a festa foi mais tranquila do que as da época da faculdade e terminou num horário decente. Eles foram embora antes das 22hs.
Nós com nossos anfitriões e amigos de longa data, em Seattle, onde eles moram

Agora estamos num vôo de volta pra Boston, que atrasou duas horas por causa do mau tempo em Boston. O piloto falou que vai dar bastante turbulência. Estou rezando pra todos os anjos pra chegar bem em casa e pegar o Enee. Não viajo mais de avião nesta época do ano no norte do hemisfério norte. Mas gostei bastante do passeio.



Thursday, 21 November 2019

Seattle - Atrás das bandas grunge dos anos 90

Depois de mais de 3 horas de atraso, numa quarta-feira de noite, finalmente decolamos em direção a Seattle, no extremo oeste do Estados Unidos, completo oposto de Boston. Foram 6:30 de viagem pelos céus escuros e frios, pousando em Seattle às 2 da manhã horário local, 5 da manhã horário de Boston. Sem ter que passar por segurança nem esperar mala, fomos direto pegar o carro de aluguel. Éramos os únicos no prédio grande e moderno das empresas de aluguel de carro e tudo o que foi necessário foi digitar o código de reserva na máquina de uma das empresas de aluguel de carro e escanear a carteira de motorista. Um recibo foi impresso com a instruções de onde pegar o carro, sem termos que interagir com ninguém. As chaves estavam na ignição. Enquanto os trouxas da direita e esquerda fazem guerrinha ideológica, a automação continua a tomar conta e empregos somem porque as máquinas fazem o trabalho das pessoas. Não tem volta, e seria bom que se falasse sobre isso ao invés de diversas coisas que nada mais são que tempestades em copo d´água. Devo dizer que sou totalmente a favor da automação e tecnologia.
Seattle estava totalmente encoberta por uma neblina espessa; mal conseguíamos ver o caminho na direção da casa dos nossos amigos, num lugar chamad Kirkland, cerca de 30 min de Seattle. Chegamos na casa deles eram mais de 2 da manhã e depois de uma curta recepção fomos logo dormir.
Nosso primeiro dia em Seattle foi ótimo. Eu já havia planejado os pontos turísticos que eu e o André iríamos visitar neste dia, com foco nas bandas grunge de Seattle dos anos 90. A primeira banda que de Rock que eu comecei a ouvir foram os Beatles. Depois disso fui migrando pras bandas de Rock um pouco mais alternativo, e logo achei o Nirvana, Pearl Jam, Green Day, Soundgarden, The Offspring, Smashing Pumpkins pra citar algumas. Seattle era, nos anos 90, a mecca do rock grunge, tribo de algumas dessas bandas que eu mencionei. Eu me vestia com jeans, camiseta de alguma banda e uma camisa de flanela por cima. Foi assim por grande parte da minha adolescência.
Existe um tour em Seattle que tem como tema Rock and Roll em Seattle (Stalking Seattle - Rock & Roll Tour) e passa por diversos lugares de interesse. O problema é que quando eu descobri essa tour já não havia mais lugar pra nenhum dos dias da nossa estadia em Seattle. Entretanto no site dessa tour tem a lista de cada um dos pontos de parada. Isso foi o suficiente pra eu escolher os de meu interesse e adicionar no nosso roteiro.
A primeira parada foi no Kerry Park, um mirante que tem vista pro centro de Seattle, com a torre Space Needle ao fundo. Demos sorte com o tempo e estava um dia lindo de sol, o que sempre ajuda a gente a aproveitar melhor uma viagem. Esse mirante fica num bairro bem residencial de Seattle. As casas ao redor deste mirante são provilegiadas de ter aquela vista.
Cidade de Seattle vista de Kerry Park

O segundo ponto do tour, onde só passamos na frente, foi no Paramount Theater, um prédio antigo onde o Nirvana gravou um CD.  Não longe dali vimos uma estátua do Jimmy Hendrix tocando guitarra.
Jimmy Hendrix em Seattle

A terceira parada foi numa área meio suspeita onde tem a casa de shows El Corazon, onde o Pearl Jam tocou pela primeira vez. Estacionamos o carro e pra chegar na frente da casa de show pra ver mais de perto (que naquela hora do dia estava vazia), passamos por um grupo de pessoas que estavam sentadas embaixo de um viaduto, ao lado de um carro com as portas abertas e cheio de cacos de vidro ao redor. O André ficou com um pouco de receio de passar ali, mas pra ser sincera eu não fiquei. Não me exponho a situações que não acho seguras, mas por ser luz do dia e ser centro de Seattle não julguei que pudesse ter perigo. Queria bater uma foto na frente do El Corazon.
Na frente da casa de shows onde o Pearl Jam tocou pela primeira vez

Demos um tempo no tour do rock e fomos até Pike Market, um mercado bem grande que fica na beira do mar. Por ser um dia de semana não estava tão cheio como costuma ser nos finais de semana. São 3 andares de mistura de lojas, barraquinhas, bares, restaurantes e mercado de frutos do mar frescos. Por ser um dia bonito, diversas pessoas compravam lanches e levavam pra terraço ao ar livre com vista pro mar pra aproveitar o dia de sol (apesar de estar meio frio).
Banca de frutos do mar em Seattle

Nós almoçamos numa brewery (loja-fábrica de cerveja) onde eu comi um crab roll (sanduíche de siri) e o André fish and chips. Eles serviram o fish and chips com vinagre, como se faz na Inglaterra. Os chips eram como os de lá também (mais grosso, ao invés de finos como a batata frita que normalmente se serve nos Estados Unidos).
Almoço de Fish & Chips estilo inglês

Brewery no Pike Market em Seattle

Eu queria achar uma camiseta do Nirvana pra levar pro meu sobrinho, mas me admirei que no mercado em Seattle não haviam opções. Achei um único modelo, que ele já tem. Perguntei onde eu poderia achar camisetas de banda à venda e no centro de informações fui informada de chamado Subpop Records, cerca de 10 minutos dali.
Pra ser sincera não havia ouvido falar de tal nome, e ao chegar lá vimos que esse lugar era dentro de um prédio de escritórios. Eu não sabia o que pensar e fiquei ali na frente procurando mais detalhes sobre esse nome Subpop na internet, quando entram 3 caras no prédio. Resolvi entrar atrás deles e dentro do elevador estava lendo sobre Subpop quando um deles pergunta o que eu queria na Subpop. Falei que queria comprar alguns artigos de bandas grunge como posters e camisetas e eles falaram que ali é o escritório da gravadora Subpop, que lançou o Nirvana, e não uma loja. Perguntei onde eu poderia achar tais artigos e ele me recomendou um lugar chamado Easy Street Records, no oeste de Seattle.
Resolvemos voltar a fazer o tour do Rock antes que escurecesse e fomos até um parque chamado Volunteer Park, onde se vê uma escultura que é um círculo preto com um buraco no meio, como se fosse um donut preto gigante. O nome desta escultura é Black Sun, e foi ela que inspirou a música Black Hole Sun do Soundgarden.
Black (Hole) Sun em Seattle

Já eram quase 4 da tarde quando nos pusemos em direção a Viretta Park, em Lake Washington Boulevard, a casa onde o Kurt Cobain morou e onde ele escolheu morrer. Lake Washington Blvd é uma rua na beira de um lago grande, onde as casas ou ficam na beira do lago (algumas casas tem até pier particular) ou ficam em posição mais elevada em relação ao lago, com uma linda vista. Li que ali moram altos executivos da Boeing (a fábrica é perto de Seattle), Microsoft (fica perto de Seattle) ou Starbucks (originalmente de Seattle). Foi numa destas casas que Kurt e Courtney Love moraram por um tempo curto.
Viretta Park fica exatamente ao lado da casa que foi deles e é um lugar quieto e bonito.
O parque tem 2 bancos, ambos pichados com mensagems para Kurt Cobain.
Vendo as mensagens deixadas por fans do Nirvana em Viretta Park

Um deles tinha, inclusive duas garrafas de cerveja e uma folha de papel embaixo delas, com uma mensagem escrita por uma menina que nasceu 3 dias antes do suicídio de Kurt Cobain, onde ela escreve como as músicas dele a tocaram. Parecia ter sido deixada ali há poucos dias.
Carta deixada por uma fã de Kurt Cobain


Fiz uma prece pra alma tormentada dele e deixei a minha mensagem pra ele no banco, e uma em nome de uma das minhas irmãs, que é ainda muito fã dele.

Deixei minha mensagem pro Kurt

Eu bati umas fotos da parte da casa onde dá pra ver por cima dos muros altos, mas não me atrevi a fazer o que algumas pessoas fazem, que é meio desreipeitoso, onde elas deitam na entrada da casa pra bater fotos por baixo do portão. A casa não é mais da Courtney Love. Foi vendida há vários anos atrás, e agora vi que está a venda de novo, pela barganha de 7.5 milhões de dólares.
Casa onde Kurt Cobain morou em Lake Washington

O Greenhouse onde o corpo dele foi encontrado foi destruído, pois segundo a Courtney Love queria evitar que pessoas tentassem entrar lá pra se drogarem ou de repente até mesmo se suicidarem. Pra quem não sabe, Kurt foi viciado em heroína e se matou com um tiro na cabeça. Eu li um livro sobre a vida dele e ele era bem perturbado, por diversos motivos. Ele nasceu numa cidade chamada Aberdeen, cerca de 2 horas dali.
Era pôr-do-sol quando entramos no carro pra sair dali, e fomos até a próxima parada ouvindo Nirvana no player do carro.
Pôr-do-sol em Lake Washington, Seattle

Foi o fim do nosso tour do Rock em Seattle, mas não o fim do nosso dia.
Fomos até o Easy Street Records, um tipo de loja que não é fácil de ser encontrada hoje em dia. Eles vendem CDs, LPs e merchandise de diversas bandas. Achei algumas camisetas de banda e escolhi uma do Nirvana pra dar pro meu sobrinho.
Easy Street Records

Eles têm também um café que serve comida até certo horário. Estava com fome e ia pedir comida ali, mas a cozinha não estava mais atentendo naquele dia, então só tomamos alguma coisa e fomos procurar um restaurante pra jantar. Eram 17:30, mas pro nosso corpo já eram 20:30 por causa da diferença de horário entre Boston e Seattle. Achamos um restaurante japonês ali perto e jantamos ali. Aparentemente Seattle tem bons restaurantes japonês. O André gostou bastante da comida.
Por ser quase inverno, ao sairmos do restaurante já estava escuro, mas evitamos o pior da hora do rush. Fomos pra casa dos nossos e depois de mais um papo e ajudar a entreter a filhinha de 2.5 anos deles, fomos dormir cansados.

https://youtu.be/hI5wPyA3-tw

Saturday, 31 August 2019

Visita ao Maine: Parque Nacional Acadia


Quando eu estava pesquisado sobre o Maine, antes da nossa viagem, eu sempre via um quantidade enorme de informação sobre o Acadia National Park. Quando eu comentava com alguém que já havia ido pro Maine, ou que é do Maine, sobre a viagem que iríamos fazer, a pessoa falava que tínhamos que visitar o Acadia National Park.
Bom, acabou que incluímos tal reserva na viagem e não nos arrependemos! É uma reserva natural lindíssima, com diversas opções de lazer e aventura. É preciso comprar um ingresso no valor de $25 por carro, válido por 7 dias. No começo achei 7 dias exagero, mas depois vi que é possível passar 7 dias explorando as várias trilhas e praias da reserva. Fomos aconselhados a deixar o carro no hotel e pegar um dos ônibus gratuitos que faz o loop da reserva, pois no verão é tudo sempre muito cheio e difícil encontrar estacionamento pra poder parar e apreciar a paisagem. Resolvemos arriscar ir de carro para maior conforto.
Saímos do hotel eram 9 da manhã e seguindo meu planejamento fomos direto pro topo da Cadillac mountain, um dos lugare onde só se chega de carro. No horário que chegamos foi tranquilo estacionar. Era um dia magnífico de sol, e a vista para o litoral era maravilhosa!




Fotos batida da Cadillac Mountain, no Acadia National Park, Maine


 Ficamos andando pelas pedras batendo fotos e admirando as pequenas ilhas perto do litoral até onde a vista alcançava. O Enee achou o máximo ficar subindo pelas pedras (já falei que ele adora subir em pedra). 
Feliz de correr pelas pedras



Na hora de descer já havia fila de carros esperando pra estacionar, então é recomendado chegar o mais cedo possivel lá em cima.

Pegamos a loop road, que passa pelos principais pontos turísticosdo parque. Paramos na praia Sand beach, a mais turística do parque e ali já foi mais complicado estacionar o carro. A loop road tem duas faixas que trafegam no mesmo sentido e em grande parte dela a faixa da direita serve de estacionamento pras pessoas poderem parar pra apreciar a paisagem, fazer trilhas ou visitar alguma outra atração por ali. Caminhamos pelo acostamento até chegar na praia, que era bem bonita, mas estava muito cheia da gente batendo fotos. Muita gente acaba um pouco com a mágica dos lugares.  Além disso nesta época do ano cachorros não podem ir na praia, então não tínhamos como levar o Enee na areia pra explorar a praia. Fizemos a nossa parte de turista batendo algumas fotos mas logo deixamos a Sand Beach pra trás. 



Mais fotos em cima da Cadillac Mountain
Enee apreciando a paisagem do Acadia National Park
Eu numa das trilhas do parque
Últ foto dir: chegando na Sand beach


Vimos que do outro lado da rua havia uma trilha chamada Beehive (Colmeia), e resolvemos dar uma investigada. A subida era um pouco íngreme, passando pelo meio de árvores e pedras. Depois de uns 15 minutos de caminhada conseguimos ver um morro de pedra com um pico redondo e meio fino. Estava um pouco longe, mas não tanto que não conseguíssemos ver que ao redor da montanha haviam cordas e haviam diversas pessoas caminhando por um caminho bem estreito ao redor do morro, segurando nas cordas. Eu pensei “Lá eu não vou de jeito nenhum!” . Depois de mais uns minutos de caminhada vemos uma placa que falava que nos próximos 500 metros a subida era bastante inclinada e não era possível levar cachorros ou crianças de colo. Eu desisti da caminhada ali, mas o André foi em frente. Fiquei esperando por uns minutos e não muito tempo depois ele volta falando que o resto da trilha era subir a montanha por aquelas cordas. Desistimos e voltamos pro carro. Meu senso de aventura pra esse tipo de coisa foi embora com a minha juventude hehehe

Continuamos pela loop road, parando de vez em quando pra bater fotos de alguma paisagem bonita pelo caminho. Era perto do meio-dia e estávamos chegando em Jordan Pond, uma das paradas que  havíamos planejado visitar. O único restaurante da reserva inteira fica ali, logo na frente do lado Jordan. Foi impossível estacionar o carro pois Estava lotado e haviam diversos carros esperando vagar lugar.
Fomos então pra um lugar fora da loop road, que eu havia descoberto pesquisando sobre viajar pelo Maine com cachorro. Uma mulher escreveu no blog dela sobre um parque não muito conhecido (e não sinalizado, nem presente em mapa algum) onde cachorros podem andar sem guia, nadar no lado, e correr livres. Este lugar fica bem no sul da reserva, onde o Longpond encontra o mar. Há uma porteira e uns lugares (poucos) pra estacionar na frente da porteira. Demos sorte e havia um lugar sobrando quando chegamos. Entramos e não demorou muito pra virmos alguns cachorros correndo. Soltamos o Enee e descobrimos: ele estava no paraíso terrestre dos cachorros! Nós havíamos trazido coisas pra picnic, e enquanto comemos sentados num banco, o Enee corria por tudo. Corria e brincava com outros cachorros, cheirava todos os cantos, e colocava as patinhas no lago pra ver os peixinhos. 


Pìcnic no parque dos cachorros enquanto o Enee "admirava" a vista



Parque onde dos cachorros podem correr livres em Acadia National Park

Depois de comer continuamos a caminhar pelo parque, que era uma trilha larga cercada de árvores por um lado e pelo o lago a poucos passos de distância do outro lado. Estava um dia quente, então a sombra das árvores foi muito bem vinda durante a caminhada.
Trilha pelo parque

Acho que passamos mais de uma hora naquele parque. Aos poucos fomos fazendo o caminho de volta até o carro, e o Enee inventou de cheirar umas coisas na beira do lago. Eu e o André começamos a jogar pedrinhas dentro do lago, logo na frente dele, e ele ia entrando cada vez um pouquinho mais, tentando pegar a pedra que havia acabado de afundar logo na frente dele. Eu estava mirando pra que a cada pedra que eu jogasse, a distância em que ela caísse fosse logo na frente dele, não longe a ponto dele desistir de tentar pegar, mas não tão perto pra que ele não precisasse entrar mais. E então aconteceu. Ele começou a nadar!!! O nosso Enee nadando no lago! Fiquei até emocionada, como pai e mãe ficam emocionados quando os filhos fazem algo pela primeira vez. Sei que cachorro não é criança, mas eu e o André gostamos dele como se fosse! Depois disso ele nem titubeava mais em entrar no lado e nadar. A partir de então ele adora nadar, e já nadou diversas vezes em outros passeios que fizemos com ele depois deste dia. A visita aquele parque deve ter sido a coisa que ele mais gostou na viagem inteira.


Voltamos pro hotel e eu e o André resolvemos ir pra piscina ler um pouco. O Enee ficou no quarto. A água da piscina era quentinha, mas tinha um vento muito chato, então só ficamos deitados pegando sol e lendo por um tempo, descansando.
Um drink na piscina, que tinha vista pro mar

Depois fomos nos arrumar pra jantar fora, na nossa última noite da viagem. O Enee estava morto de cansado e nem se importou em ficar lá deitado quando saímos pra jantar. 



Enee não se aguentava em pé depois de ter passado o dia correndo


Fomos primeiro num restaurante de tapas que o André havia visto na noite anterior e queria experimentar. Depois fomos pro bar de um hotel bem legal que tem no centro de Bar Harbor, de frente pro mar. Sentamo-nos no bar dentro do hotel onde havia um pianista tocando um piano de cauda. Ele conseguiu perceber as pessoas que apreciam música de piano, e depois veio na nossa mesa e de outras pessoas ali perto perguntar se tínhamos algum pedido. Eu pedi Chopin, meu compositor preferido, que ele logo tocou.
Tomamos drinks e eu comi uma mini-pizza pra terminar a noite.


Última noite da viagem, saindo pra drinks e jantar

No último dia de viagem, ao sair de Bar Harbor, voltamos pro Acadia National Parç pra visitar Jordan Pond. Chegamos lá era antes das 10 da manhã e desta vez havia bastante estacionamento. Ali, como eu havia falado antes, tem um restaurante e também uma loja e um gramado bem grande com mesas de frente pro lago. Fomos caminhar pelo lado esquerdo do lago, sempre parando pra bater muitas fotos das águas cristalinas dele, que refletiam o sol de mais um dia lindo. 


Jordan Pond - Acadia National Park



Fomos até o ponto onde a trilha se tornou floresta e resolvemos voltar. Não tínhamos como objetivo completar a volta inteira no lago, mas sim conhecer.



Caminhando por Jordan Pond


 Eu vi que o restaurante ia abrir em 10 minutos e fui ver se conseguia pegar uma mesa pra nós. Pra minha surpresa, havia uma fila grande de pessoas aguardando e no balcão informações falaram que é necessário reserva pra comer ali. Perguntei se poderia ficar na espera e a mulher falou que sim e me deu um beeper. Resolvemos esperar por uns 20min pra ver se nos chamariam e caso contrário iríamos seguir viagem. Não deu nem 10 min nos chamaram. Como estávamos com o Enee nos deram uma mesa lá fora, de frente pro lago. Eu comi uma salada com salmão, que estava mais ou menos. O que é famoso ali é um tal de Pop-over, que é um Yorkshire pudding em miniatura, que vem quentinho e eles comem com geléia. O André pediu e eu experimentei e gostei. O bom dali é mesmo almoçar naquela paisagem privilegiada.



Depois do almoço voltamos pra Boston, em cerca de 5 horas de viagem.

Esse foi o fim da nossa viagem de verão pelo Maine.



Um side note: nos enchemos de repelente (principalmente o Enee) pra prevenir mosquitos e principalmente carrapatos. Estes últimos, aqui nessa área do país, estão infestados da doença de Lyme, que é difícil de diagnosticar e tratar e morro de medo. Tem que se cuidar bastante aqui por causa desses bichos e também pelas plantas como Poison Ivy, um tipo de urtiga. É tão perigosa que existem placas avisando que áreas evitar. O problema é que não estão só em áreas afastadas, mas em qualquer lugar que tenha plantas. A Nova Inglaterra é bonita, mas não dá pra aproveitar tanto quanto no Brasil quando é verão por causa dessas coisas.

Video da visita ao Parque Nacional Acadia: https://youtu.be/1xW2xTSq-uU




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