Quando eu acho que acabei de me preocupar com a burocracia americana, eis que surge algo novo. A última coisa que me estressou com burocracia e ineficiência foi tirar carteira de motorista aqui em Massachusetts.
Na Nova Zelândia eu tive que fazer teste prático de motorista, o que fazia sentido, já que lá é mão inglesa e minha carteira de motorista era do Brasil, onde dirigimos do lado direito (o lado certo, por sinal, se bem que essa opinião varia de acordo com o país onde a pessoa aprendeu a dirigir hehehe), portanto queriam saber se eu sabia dirigir no lado esquerdo da rua. Não vou dizer que foi a coisa mais tranquila do mundo, lembro de algumas coisas estressantes (com a máquina velha que usaram pra fazer meu teste de visão e queriam me reprovar. Tive que protestar e pedi pra usar outra máquina), mas nada comparado com aqui.
Na Inglaterra eu simplesmente troquei a carteira da Nova Zelândia pela Britânica, sem problema algum.
Aqui eu tive que fazer uma prova teórica e uma prova prática. Parece razoável, mas existem muitas particularidades envolvidas que significam que não é.
Pra prova teórica, temos que estudar um manual de 180 páginas, que contém tudo quanto é tipo de informação, que não necessariamente cai na prova, o qual não faz sentido algum decorar. Entretando, não existe nenhum tipo de conteúdo pra ser focado na prova, com o RMV (a entidade de Massachusetts que emite carteiras de motorista) dizendo que tem que estudar tudo o que tem lá. Por exemplo, o tipo de penalidade que menores de 18 anos (aqui pode-se tirar carteira provisória com 16) tem se fizerem isso ou aquilo (não são poucas as penalidades), ou então que tipo de licensa seu carro precisa ter (dá pra pesquisar na internet quando vai licenciar o carro, não precisa cair na prova). Fiquei 2 semanas estudando o tal manual, e juntando a papelada toda. Precisa do numero da seguridade social, passaporte com visto, o I-94 (um papel nada a ver que tenho que apresenter sempre, por ser estrangeira), e mais trocentas coisas. Pra fazer a prova teórica não é necessario agendar, você vai num escritório do RMV (dá pra ver no site deles os lugares onde dá pra fazer a prova), pega uma senha, e espera ser chamada. Vão conferir a papelada toda e se estiver tudo certo, você vai numa salinha com computadores e responde 25 questões. Se acertar 18, você passa. Da primeira vez que eu fui não consegui fazer a prova, pois o meu nome estava errado no cartão da seguridade social. Eu tinha esse cartão fazia uns 6 meses, mas não sabia que o nome estava errado. Isso porque americano tem manis de colocar sobrenome antes do nome, e era assim que estava no meu cartão. Achei que fosse coisa de americano. Entretanto, o correto era ter o meu primeiro nome antes do sobrenome, como se faz no Brasil. Rejeitaram minha papelada e falaram pra eu mandar refazer o cartão. Lá volto eu pra seguridade social, lugar pro qual espero não ter que entrar de novo. Acho que nem relatei aqui, mas da primeira vez que fui fazer o cartao da seguridade social, fui na filial do centro de Boston e fiquei 2 horas (literalmente) na fila esperando ser atendida, pra chegar na minha vez falarem que estava faltando papel. Isso que eu conferi de acordo com o site deles antes de ir. Na segunda tentativa cheguei bem cedo, de manhã, e fui atendida mais rápido, mas por uma pessoa com extrema má vontade, que ficou reclamando que meu nome era muito comprido pro cartão, e que ela ia ter que mandar um pedido pra Nova York pra mudar meu nome pra caber no cartao e que por isso ia demorar pra recebê-lo. Foi aquela burra incompetende que achou que meu sobrenome era meu nome, erro que só quem é muito ignorante poderia cometer. Mas voltando ao assunto, fui numa outra filial da seguridade social, a de Cambridge, e fui bem melhor atendida. Em 2 dias estava com o cartão novo em mãos, que foi quando voltei ao RMV pra fazer a prova teórica.
Passando na prova, vc volta no guichê da atendente, que te dá um papel, que é o seu driving permit. Com ele, você pode dirigir aqui, desde que tenha alguém com mais de 21 anos, que tenha carteira americana há mais de 1 ano, no carro com você. É ÓBVIO que eu não fazia isso, e continuava dirigindo com a carteira britânica.
Eu queria tirar essa carteira o mais rápido possível, então assim que tirei o permit, tentei marcar a prova prátia, que precisa de agendamento prévio.
É possível marcar a prova pelo site do RMV, entretanto adivinhem se o formulário aceitava meu sobrenome? É óbvio que não cabia, pois americano só tem 1 sobrenome. Tive então que ligar pro RMV e esperar 20 minutos pra ser atendida. Isso foi no começo de janeiro. E adivinha pra quando tinha prova prática? Pros lugares perto de Cambridge, onde moro, não tinha disponibilidade nenhuma pelos próximos 2 meses, que é a antecedêcia máxima pra marcar a prova. Tive que marcar pra um lugar bem longe, 30 min de carro da minha casa, pro dia 8 de março!! Mas marquei. Aí tive que tentar achar um sponsor, que é uma das particularidades pra tirar carteira aqui em Massachusetts, que outros estados nao pedem. O sponsor é alguém com mais de 21 anos, que tenha carteira americana ha mais de 1 ano. Essa pessoa tem que sentar atrás de você durante o teste. Pra um adolescente de 16-18 anos, faz sentido. mas pra um adulto que já dirige há vários anos, o qual a lei permite que dirija com carteira estrangeira por 1 anos, é absolutamente ridículo! Combinei com uma menina do trabalho, e ela concordou em ir comigo. Ah, e claro que o teste só pode ser feito dia de semana, entre 9 e 5 da tarde, então serão 2 adultos que precisarão sair do trabalho pra isso.
E foram se passando os dias de inverno, deprimentes como eles são, e no dia 8 de março caiu a maior tempestade de neve dos últimos anos. Todos os testes de direção foram cancelados. O RMV simplesmente fecha em dia de nevasca, não tem atendimento telefônico.
Depois de 1 mês e meio de espera, simplesmente tive que recomeçar a espera do zero. Liguei diversas vezes pro RMV e era impossível falar com eles no telefone. Só tocava uma mensagem gravada dizendo que estavam ocupados demais pra atender (óbvio, depois te não terem trabalhado no dia da neve, ia acumular mais trabalho), independente do horário que eu ligava.
Eu entrava no website deles pra tentar visualizar minhas informações (que eu conseguia fazer depois do que cara havia marcado meu teste inicial), e simplesmente o site não funcionava mais.
Aí veio o agravante. O site deles tinha um alerta especial falando que a partir de 26 de março, pra poder tirar carteira, é necessário apresentar visto válido por pelo menos 12 meses. Meu visto vence final de fevereiro de 2019, ou seja, menos de 12 meses a partir de agora. O plano é renovar o visto, entretanto só pode fazer isso 6 meses antes do visto vencer. Ou seja, eu estava sujeita a não poder dirigir legalmente até conseguir renovar o visto. Como eu iria renovar o seguro do carro? Como eu iria pro trabalho todo dia? Iria arriscar ser multada ou até deportada (vai saber o que fariam, com esse clima anti-estrangeiro que assola esse país)?
Mandei email pro RMV pedindo confirmação dessa minha interpretação da mensagem no site deles.
Comecei então a ligar pra auto escolas, pois eles compram todas as vagas pra testes. Falei com várias, e nenhuma tinha disponibilidade pra uma prova prática recente. Além disso, cobram mais de $200 pra "te dar uma aula" antes da prova e aconselhar se eu estaria ou não preparada pra fazer a prova. Quando mandei todo mundo pro inferno.
Aí fico sabendo que o RMV iria fechar do dia 23 ao dia 26 de março pra implantar um sistema de informática novo, então se eu não fizesse a prova em 1 semana, já era....
Depois de 1 semana tentando falar com eles no telefone, resolvi tentar usar o atendimento telefônico automatizado, que nunca conseguia achar minhas informações. Não tinha esperança, pois o site continuava dando erro. Só que achou minhas informações e vi que tinha disponibilidade pra um teste de direção na semana seguinte, perto da minha casa. Marquei. Depois vi que havia previsão de tempestade de neve bem naquele dia, o que possivelmente significa que alguém cancelou o teste por causa dessa previsão, e por isso consegui a vaga.
Resolvi arriscar e deixar o teste marcado, uma quinta-feira, dia 22. Acabou que a previsão não se concretizou, e a neve que caiu de manhã era pouco e logo parou. Fui pegar minha amiga no escritório (eu trabalhei de casa aquele dia) e fomos até Watertown pra eu fazer a prova.
Não tinha quase ninguém lá, e haviam 3 caras numa salinha onde dizia Road Tests. Entreguei meu application form e meu permit, e minha amiga entregou a carteira de motorista dela, e ele mandou eu levar meu carro até um determinado lugar atrás do escritório do RMV pro teste começar.
Tive que desligar todas os sensores que o carro tem (carro americado é sempre moderno, com sensor pra tudo, o que facilita bastante a vida do motorista, devo dizer). A câmera que dá visão atrás do carro na hora de dar a ré não tem como desligar, então tive que colar um papel por cima.
O cara pediu pra eu ligar o indicador pra direita, depois esquerda, engatar a ré, e mostrar os sinais com o braço (isso tem no manual da prova teórica), e perguntou se eu já tinha carteira. Falei que sim e ele quis saber há quanto tempo, e quando falei 20 anos ele deu uma risadinha.
Me mandou então ligar o carro e seguir em frente, depois entrar a direita, e numa rua quieta tive que fazer a volta com o carro, e depois dar a ré por uns 20 metros. O importante é sempre olhar por cima do ombro pra dar a ré ou pra entrar a direita e esquerda, e não somente nos espelhos, senão te reprovam. Vale a pena dar uma olhada nuns vídeos do youtube sobre que tipo de coisa vão pedir pra vc fazer. Dependendo de quem você pega na prova, pode ser alguém que vai tentar te reprovar por qualquer coisa, mesmo vendo que você sabe dirigir (aconteceu com minha amiga). No meu caso o cara foi bem tranquilo, e em 5 minutos o teste havia acabado.
Consegui fazer o teste no último dia antes do deadline pras novas regras! Aí depois, no mesmo dia, chega email do RMV, em resposta ao meu, falando que o importante é o visto ter sido emitido por mais de 12 meses, e não que seja válido 12 meses a partir da data do teste. Oh well...
Agora tenho que esperar chegar a carteira no correio. Sei nao, do jeito que são, capaz de não chegar dentro do prazo e eu ter que me incomodar de novo.
Inclusive, eu tava lendo um artigo no Boston Globe, de 2012, que falava justamente da demora pra conseguir testes de direção, e o fato de que o sistema de informática é ineficiente. Em 6 anos, nada havia mudado. Vamos ver se esse novo sistems vai ajudar em algo...
Minha conclusão é que serviço públio nos Estados Unidos é tão ruim, incompetente, desagradável e ineficaz quanto no Brasil.
Update: A carteira chegou pelo correio 9 dias depois. Até que essa parte não foi tão mal assim.
Thursday, 29 March 2018
Friday, 23 March 2018
O inferno é um lugar frio
O inverno em Boston é um inferno. Um inferno frio. Eu tenho certeza que o inferno é um lugar gelado. Como Boston no inverno passado.
Foi meu primeiro inverno aqui, e não vou ficar falando das coisas maravilhosas do inverno, pois elas não existem. Não tenho mais saco de ir esquiar, não me interessa ficar embaixo das cobertas, odeio absolutamente tudo sobre o inverno. Na Inglaterra eu já odiava quando nevava e achava o frio inconveniente o suficiente. Mal sabia eu que um dia iria estar morando num lugar onde o inverno é extremo.
Do começo de Dezembro até o fim de Abril estava frio. Frio de usar gorro e casado pesado. Só que o casaco que eu usava em Londres, da Northface, não dá nada no frio daqui. O André me deu de presente (antes de eu ter começado a trabalhar) o casaco mais quente que conseguimos achar nas lojas, de uma marca chamada Canada Goose. Eu preferiria ter comprado algo que não tivesse nada de animal, mas nenhuma das demais opções era tão quente quanto o casaco dessa marca. Escolhi uma opção que não usa pele (não existe desculpa pra usar pele!!!), mas que usa pena de animais que já estavam mortos. Menos mal.
Esse casaco foi minha salvação. Além dele, comprei botas acolchoadas pra neve e outras roupas térmicas. Mesmo assim, ficar na rua por mais de 15 minutos quando a temperatura está -15 graus é, pra mim, impossível.
Diversas vezes tive que sair com o Enee pra levá-lo no parque aqui do lado de casa pra ele dar uma volta e fazer as necessidades, e logo tinha que voltar correndo pra casa de tanta dor nas mãos, que por mais que eu usasse duas luvas, chegava a doer de tanto frio. E eu ainda tenho a síndrome de raynaud, para a qual o frio é bem perigoso. Só pra minha cabeça mesmo ter aceitado vir morar aqui.
Tivemos diversos meses com temperatura máxima de -10 graus. Máxima. Pensa nisso. A hora mais quente do dia tinha temperatura de -10 graus.
Ah, e a neve... Tivemos diversas tempestades de neve. Foi uma tempestade grande no começo de janeiro, logo depois de termos chegado da Flórida, e aí a neve parou até março. Mas em março ela voltou com tudo. Foi MUITA neve no começo de março. Eu juro que tentei ficar positiva, tanto que no vídeo deste post eu estou tentando ver o lado interessante e diferente de viver em um lugar com inverno rigoroso, mas devo confessar esse estado de espírito durava pouco.
O Enee gosta da neve. Ficava enterrando a cabeça na neve tentando cheirar o chão e gostava de ficar pulando de um lado pro outro, parecendo um coelho. Teve um dia que saí com óculos de esquiar, pois senão não dava pra enxergar nada de tanta neve que caía. Fora o vento forte, que cortava a pele.
Eu odeio neve e odeio frio. Não tinha mais roupa pra usar no trabalho (como se vestir de forma elegante usando trocentas camadas de roupa??). Por semanas, não fazia nada que não fosse entrar no carro pra ir de casa pro trabalho e do trabalho pra casa ou pra academia.
È verdade que vi o sol aqui mais vezes do que eu teria visto se estivesse em Londres (o sol não aparece em Londres no inverno), mas simplesmente não existe vida fora de casa durante o inverno em lugares como Boston. Sinto falta de Londres. Não gosto do inverno de Boston.
https://youtu.be/JcYHNwgRq1g
Foi meu primeiro inverno aqui, e não vou ficar falando das coisas maravilhosas do inverno, pois elas não existem. Não tenho mais saco de ir esquiar, não me interessa ficar embaixo das cobertas, odeio absolutamente tudo sobre o inverno. Na Inglaterra eu já odiava quando nevava e achava o frio inconveniente o suficiente. Mal sabia eu que um dia iria estar morando num lugar onde o inverno é extremo.
Do começo de Dezembro até o fim de Abril estava frio. Frio de usar gorro e casado pesado. Só que o casaco que eu usava em Londres, da Northface, não dá nada no frio daqui. O André me deu de presente (antes de eu ter começado a trabalhar) o casaco mais quente que conseguimos achar nas lojas, de uma marca chamada Canada Goose. Eu preferiria ter comprado algo que não tivesse nada de animal, mas nenhuma das demais opções era tão quente quanto o casaco dessa marca. Escolhi uma opção que não usa pele (não existe desculpa pra usar pele!!!), mas que usa pena de animais que já estavam mortos. Menos mal.
Esse casaco foi minha salvação. Além dele, comprei botas acolchoadas pra neve e outras roupas térmicas. Mesmo assim, ficar na rua por mais de 15 minutos quando a temperatura está -15 graus é, pra mim, impossível.
Enee na porta de casa
Diversas vezes tive que sair com o Enee pra levá-lo no parque aqui do lado de casa pra ele dar uma volta e fazer as necessidades, e logo tinha que voltar correndo pra casa de tanta dor nas mãos, que por mais que eu usasse duas luvas, chegava a doer de tanto frio. E eu ainda tenho a síndrome de raynaud, para a qual o frio é bem perigoso. Só pra minha cabeça mesmo ter aceitado vir morar aqui.
Tivemos diversos meses com temperatura máxima de -10 graus. Máxima. Pensa nisso. A hora mais quente do dia tinha temperatura de -10 graus.
Ah, e a neve... Tivemos diversas tempestades de neve. Foi uma tempestade grande no começo de janeiro, logo depois de termos chegado da Flórida, e aí a neve parou até março. Mas em março ela voltou com tudo. Foi MUITA neve no começo de março. Eu juro que tentei ficar positiva, tanto que no vídeo deste post eu estou tentando ver o lado interessante e diferente de viver em um lugar com inverno rigoroso, mas devo confessar esse estado de espírito durava pouco.
O Enee gosta da neve. Ficava enterrando a cabeça na neve tentando cheirar o chão e gostava de ficar pulando de um lado pro outro, parecendo um coelho. Teve um dia que saí com óculos de esquiar, pois senão não dava pra enxergar nada de tanta neve que caía. Fora o vento forte, que cortava a pele.
Eu odeio neve e odeio frio. Não tinha mais roupa pra usar no trabalho (como se vestir de forma elegante usando trocentas camadas de roupa??). Por semanas, não fazia nada que não fosse entrar no carro pra ir de casa pro trabalho e do trabalho pra casa ou pra academia.
È verdade que vi o sol aqui mais vezes do que eu teria visto se estivesse em Londres (o sol não aparece em Londres no inverno), mas simplesmente não existe vida fora de casa durante o inverno em lugares como Boston. Sinto falta de Londres. Não gosto do inverno de Boston.
https://youtu.be/JcYHNwgRq1g
Foto engraçada
Saturday, 3 March 2018
Procurando e encontrando um emprego em Boston
Uma das coisas que mais me estava frustrando aqui em Boston era a procura de emprego. Desde que saí do Brasil nunca tive grandes problemas em encontrar emprego na área de tecnologia. É uma área com bastante demanda e eu sou muito boa no que faço.
Eu via vários problemas com Boston neste quesito:
- o mercado daqui é bem menor comparado com Londres
- pra área de tecnologia que eu queria trabalhar, as opções aqui são bem limitadas
- a cultura de contratação daqui faz com que procurar emprego exija dedicação em tempo integral.
- Boston tem mercado bom pra quem quer trabalhar em start-ups, pois está cheio delas. Só que a maior parte dessas empresas só querem programadores e eu não tenho mais saco de só ficar programando.
- As grandes empresas que tem time de arquitetura pra tecnologia são na área farmacêutica ou de seguros e pedem que os candidados tenham experiência nessas áreas pra serem considerados, o que não é meu caso.
- As empresas de recrutamento daqui são COMPLETAMENTE INÚTEIS. Se em Londres já era difícil lidar com recrutadores, aqui é uma verdadeira perda de tempo.
Em setembro eu havia mandado meu currículo pra um museu que estava a procura de arquitetos de tecnologia. Em outubro, quando estava visitando o Brasil, entraram em contato querendo me entrevistar. Assim que cheguei de volta em Boston já fui na entrevista. Gostaram muito de mim, e o cara que seria meu chefe falou que eu era a única candidata qualificada pra fazer o que ele queria. Parecia promissor. 2 semanas depois voltei lá pra entrevistar com RH e fiz uma entrevista técnica com o resto do time. 2 semanas passaram e eu não havia tido mais noticias deles. Estava toda empolgada pra ir trabalhar lá e criar soluções tecnológicas pros problemas deles! Fiquei esperando contato e nada... mandei email falando que estava entrevistando em outras empresas e nada...
Estava indo a Meet-ups de tecnologia, que sempre tem gente procurando candidatos, inclusive ia me oferece pra dar um talk numa dessas sessões de Meet-up, mandei mensagem pra foruns de arquitetura, entrei em contato direto com pessoas desse fórum, inclusive encontrei um deles em pessoa pra um café, e mesmo assim nada.
Em dezembro eu recebo uma mensagem no linkedIn de um cara de uma empresa de impressão 3D. Não levei fé, mas claro que respondi a mensagem e marcamos uma conversa por telefone. A conversa foi bem promissora, com eles bem interessados no meu perfil e eu, com mais detalhes do que eles fazem e do tipo de trabalho para o qual procuravam candidatos, interessada na empresa.
É uma empresa jovem, que começou no MIT. Tem até um filme no Netflix sobre impressão 3D, onde mostram o CEO dessa empresa e as instalações em Sommerville, parte da grande Boston.
Assisti o filme no fim de semana, e na semana seguinte recebi um email deles com um exercício pra eu resolver e apresentar na entrevista em pessoa.
Fiquei 4 dias resolvendo o exercício, pesquissando e documentando minha resolução da melhor forma qu eu sabia, além de mandar perguntas pra eles sobre coisas que não estavam claras. Queria que a minha resoluçao fosse a melhor que eles recebessem.
No dia da entrevista me surpreendi, pois fui entrevistada por 6 pessoas, incluindo o CEO da empresa, que apareceu no filme. Eles todos gostaram de mim, e vários me falaram que a minha resolução foi a melhor que a empresa já recebeu praquele exercício. Todo o esforço valeu a pena. Me fizeram uma oferta de emprego lá mesmo! Aceitei 2 dias depois, e avisei o museu que estava fora do mercado. Ficaram super desapontados, mas reconheceram que a demora em seguir adiante foi erro deles.
Comecei a trabalhar dia 20 de dezembro, logo antes do natal. Culturalmente, a empresa é o oposto de todos os lugares que eu trabalhei em Londres: pessoas bem jovens, cultura bem relax, pode usar a roupa que quiser, não tem que bater cartão (sempre odiei fazer isso), servem almoço 3 vezes na semana, com opção saudável, além de frutas, nozes, petiscos e refri a vontade durante o dia. Tem até choppe a vontade. O horário de trabalho é flexível, pode trabalhar de casa se precisar e não tem limite de férias: entregando o trabalho pode tirar férias, o que não é comum aqui nos EUA, onde a maioria das pessoas consegue 1 ou 2 semanas de férias depois de alguns anos na empresa
O trabalho é bem legal, misturando o lado técnico com arquitetura. Programo às vezes, mas faço bastante reunião com outras áreas do negócio e faço a arquitetura das solucões deles.
Estou bem feliz com meu novo emprego! A longa espera não poderia ter resultado melhor! E pra completar os benefícios, pode levar cachorro pro escritório!!! O Enee já foi várias vezes comigo, e fica lá deitado na caminha dele enquanto eu trabalho. A cada 2 ou 3 horas levo ele pra sair e fazer as necessidades dele (o que confesso que no frio negativo não é fácil!), e inclusive participa de reuniões comigo.
Meus colegas são bem simpáticos, e volta e meia tem alguma atividade. Essa semana teve patinação no gelo e karaoke, que foi bem divertido.
Agora é mão na massa e mostrar serviço! Como é bom levantar todo dia com vontade de chegar logo pra trabalhar!
Enee com um dos meus colegas de trabalho
Meus colegas são bem simpáticos, e volta e meia tem alguma atividade. Essa semana teve patinação no gelo e karaoke, que foi bem divertido.
Agora é mão na massa e mostrar serviço! Como é bom levantar todo dia com vontade de chegar logo pra trabalhar!
Wednesday, 14 February 2018
Celebrando meu aniversário
Meu aniversário nos últimos anos foi celebrado no Brasil, pois é a época que eu sempre estou lá fugindo do inverno escuro e frio do hemisfério norte e visitando a família. Celebro sempre indo num restaurante de frutos de mar e me enchendo de caipiroskas e camarão à milanesa.
Como este ano não pude ir pra lá nessa época, e como não tenho amigos aqui pra celebrar meu aniversário comigo, e mesmo que tivesse, ninguém iria porque é no mesmo dia que Valentine´s Day, tive que inventar algo diferente pra não deixar passar em branco.
Queria muito ir numa piscina e caminhar na praia, mas aqui em Boston nesta época do ano é impossível eu conseguir fazer isso. Minha idéia pra chegar o mais próximo possível disso era ir num lugar de águas termais, mas aqui pra esses lados não tem nenhum lugar assim. Uma viagem maior, pra um lugar com águas termais, não era possível no momento. Resolvi então procurar um hotel legal que tivesse uma piscina térmica, com água bem quente. Achei um site que listava hotéis com SPA por essa região, e liguei pra alguns pra ver se a temperatura da água da piscina seria quente o suficiente pra eu conseguir nadar. Se a gágua não tiver pelo menos 25 graus, sem chance!
O hotel escolhido foi o Saybrook Point, em Connecticut (https://www.saybrook.com), estado logo abaixo de Massachusetts. Tirei 2 dias de férias durante a semana pra pegar a promoção de Valentine´s Day, o que foi bom pois o hotel estava bem quieto e tivemos muitas opções de quarto a escolher.
Deixamos o Enee no hotel de cachorros aqui do lado de casa e em 2:30 de viagem, num lindo dia de sol, chegamos lá.
O hotel é uma casa grande a antiga, muito bem decorada, com detalhes que deixam os ambientes bem aconchegantes. Fica na beira do mar, ao lado de um pier. Nesta época do ano o pier estava vazio, mas no verão fica cheio de barcos.
Nosso quarto tinha várias janelas e era bem claro, o que gostamos bastante. Tinha uma vista linda pro mar e pro farol.
As 4 da tarde fizemos uma massage fantástica no spa do hotel, e depois fiquei tomando chá na sala de espera, pra rehidratar. Como eu sentia falta de fazer uma boa massagem! Depois fomos pra piscina do hotel e fiquei um tempão nos jatos de água quentinha relaxando...
Depois fomos jantar no restaurante do hotel, onde de entrada tinha polenta com camarão enrolado com bacon (americano coloca bacon em tudo!) e de prato principal comi uma massa com frutos do mar muito gostosa.
Uma vez de volta no quarto tinha champagne e chocolates.
No dia seguinte dormimos até tarde e fizemos tudo sem pressa. Não é sempre que não tenho pressa pro próximo compromisso...
No café da manhã uma senhora de 85 anos veio falar conosco e ficamos um tempão conversando. Ela ficou fascinada que moramos em tantos países diferentes, e que falamos outros idiomas, quis saber do nosso trabalho e tudo o mais. Nos contou que o marido dela esteve na guerra da Coréia, e que ficavam trocando cartas até que ele voltasse e eles se casassem. Tiveram 4 filhos, e ele faleceu há 25 anos. Disse que se viu perdida na vida, e começou a aprender a bordar e a fazer enfeites. Mudou-se ali praquela região e fez amizade com um jovem, que ia sempre visitá-la pra com que os filho dele brincassem com os netos dela. Uma vez o tal jovem levou os pais dele pra conhecê-la, e acabou que os pais dele são os donos deste hotel. Eles gostaram muito dos trabalhos manuais dela, e a contrataram pra trabalhar no hotel criando enfeites pros quartos e cuidando da decoração. Acho que por isso o hotel é tão aconchegante num estilo antigo. Esta senhora teve o primeiro emprego na vida depois dos 60 anos. Falou que de vez em quando relê as cartas do marido, na época em que ele estava na Coréia. E continua lá, firme e forte, vivendo a vidinha dela. Pessoas como ela servem de inspiração pra gente não desistir, apesar das adversidades.
Uns 5 dias depois, já de volta a Boston, recebemos um cartão postal da senhora, com uma mensagem bem querida.
Foi uma celebração de aniversário diferente e memorável.
Como este ano não pude ir pra lá nessa época, e como não tenho amigos aqui pra celebrar meu aniversário comigo, e mesmo que tivesse, ninguém iria porque é no mesmo dia que Valentine´s Day, tive que inventar algo diferente pra não deixar passar em branco.
Queria muito ir numa piscina e caminhar na praia, mas aqui em Boston nesta época do ano é impossível eu conseguir fazer isso. Minha idéia pra chegar o mais próximo possível disso era ir num lugar de águas termais, mas aqui pra esses lados não tem nenhum lugar assim. Uma viagem maior, pra um lugar com águas termais, não era possível no momento. Resolvi então procurar um hotel legal que tivesse uma piscina térmica, com água bem quente. Achei um site que listava hotéis com SPA por essa região, e liguei pra alguns pra ver se a temperatura da água da piscina seria quente o suficiente pra eu conseguir nadar. Se a gágua não tiver pelo menos 25 graus, sem chance!
O hotel escolhido foi o Saybrook Point, em Connecticut (https://www.saybrook.com), estado logo abaixo de Massachusetts. Tirei 2 dias de férias durante a semana pra pegar a promoção de Valentine´s Day, o que foi bom pois o hotel estava bem quieto e tivemos muitas opções de quarto a escolher.
Deixamos o Enee no hotel de cachorros aqui do lado de casa e em 2:30 de viagem, num lindo dia de sol, chegamos lá.
O hotel é uma casa grande a antiga, muito bem decorada, com detalhes que deixam os ambientes bem aconchegantes. Fica na beira do mar, ao lado de um pier. Nesta época do ano o pier estava vazio, mas no verão fica cheio de barcos.
Nosso quarto tinha várias janelas e era bem claro, o que gostamos bastante. Tinha uma vista linda pro mar e pro farol.
Vista da janela do nosso quarto
As 4 da tarde fizemos uma massage fantástica no spa do hotel, e depois fiquei tomando chá na sala de espera, pra rehidratar. Como eu sentia falta de fazer uma boa massagem! Depois fomos pra piscina do hotel e fiquei um tempão nos jatos de água quentinha relaxando...
Depois fomos jantar no restaurante do hotel, onde de entrada tinha polenta com camarão enrolado com bacon (americano coloca bacon em tudo!) e de prato principal comi uma massa com frutos do mar muito gostosa.Uma vez de volta no quarto tinha champagne e chocolates.
No dia seguinte dormimos até tarde e fizemos tudo sem pressa. Não é sempre que não tenho pressa pro próximo compromisso...
No café da manhã uma senhora de 85 anos veio falar conosco e ficamos um tempão conversando. Ela ficou fascinada que moramos em tantos países diferentes, e que falamos outros idiomas, quis saber do nosso trabalho e tudo o mais. Nos contou que o marido dela esteve na guerra da Coréia, e que ficavam trocando cartas até que ele voltasse e eles se casassem. Tiveram 4 filhos, e ele faleceu há 25 anos. Disse que se viu perdida na vida, e começou a aprender a bordar e a fazer enfeites. Mudou-se ali praquela região e fez amizade com um jovem, que ia sempre visitá-la pra com que os filho dele brincassem com os netos dela. Uma vez o tal jovem levou os pais dele pra conhecê-la, e acabou que os pais dele são os donos deste hotel. Eles gostaram muito dos trabalhos manuais dela, e a contrataram pra trabalhar no hotel criando enfeites pros quartos e cuidando da decoração. Acho que por isso o hotel é tão aconchegante num estilo antigo. Esta senhora teve o primeiro emprego na vida depois dos 60 anos. Falou que de vez em quando relê as cartas do marido, na época em que ele estava na Coréia. E continua lá, firme e forte, vivendo a vidinha dela. Pessoas como ela servem de inspiração pra gente não desistir, apesar das adversidades.
Uns 5 dias depois, já de volta a Boston, recebemos um cartão postal da senhora, com uma mensagem bem querida.
Foi uma celebração de aniversário diferente e memorável.
Sunday, 4 February 2018
Superbowl - Aprendendo sobre a cultura americana
Uma das coisas que eu quero fazer enquanto estiver morando aqui é aprender mais sobre a cultura americana. Esportes são uma grande parte disso, e futebol americano é o esporte mais popular.
Boston tem times muito bons em 4 esportes: Red Sox em Baseball, Patriots em futebol americano, Bruins em Hockei, e Celtics em Basquete.
Ano passado os Patriots ganharam o campeonato de virada, e me contaram que teve a maior festa nas ruas de Boston pra receber os campeões, apesar do frio intenso.
Aqui todos conhecem a Gisele Bundchen, pois ela é casada com o Tom Brady, um dos melhores jogadores desse esporte. Eles moram numa mansão em Chestnul Hill, um bairro nobre daqui.
Eu fiquei sabendo dessa final no trabalho, quando perguntei pra alguns colegas o que eles iam fazer no fim de semana, e responderam que iriam assistir o jogo. Falei que não sabia do que se tratava, e aí me explicaram não só sobre a fama dos Patriots, mas me explicaram sobre as regras do jogo em si.
Em todo lugar que eu ia, ouvia as pessoas comentarem sobre a grande final: no super mercado havia vários petiscos e bebida em oferta, que iam desaparecendo rápido, na academia as pessoas comentavam que estavam malhando a mais pra poder comer bastante, e assim por diante. Realmente a cidade iria parar pra assistir tal jogo.
O André estaria viajando naquele dia, e acabou que um dos meus colegas de trabalho me convidou pra assistir o jogo na casa dele, pois ele iria receber várias pessoas. Quase desistir de ir, pois era domingo de noite, frio e chuva lá fora, mas me esforcei e fui. Quando a gente pode ir de carro tudo fica mais fácil. Essa é uma das grandes vantagens sobre Londres, onde demora-se séculos pra chegar em qualquer lugar. Abster-me de álcool pra dirigir não é grandes coisa pra mim.
Cheguei na casa do meu colega e uma menina abriu a porta. Perguntei se era o apartment 2. Ela não sabia, mas falou que era a festa do Superbowl e que era pra eu entrar.
Na sala da casa havia uma mesa de centro cheia de comida, e diversas pessoas sentadas no sofá, em cadeiras espalhadas na sala, e até no chão. Durante a noite iam chegando pessoas, algumas convidadas de um dos flatmates do meu colega, que nem estava lá. Praticamente quem quisesse poderia se juntar a nós. Quando cheguei o jogo já havia começado, e puxei uma cadeira pra me juntar aos demais. Meu colega me apresentou pra todo mundo, mas não lembro o nome de ninguém.
O jogo são 2 tempos de meia-hora, com um grande show de intervalo. Entretanto, de bola em jogo mesmo o total são 15 minutos, pois o jogo pára o tempo todo, e além disso tem comercial o tempo inteiro. Sério, a cada 2 minutos tem um comercial. Meu colega me contou que ele nem gosta do esporte, e que muita gente usa essa data pra encontrar amigos ou família e comer bastante. É mais pra socializar do que pra ver o jogo em si.
Ao longo da noite vinha pizza, ostras, salgadinhos de todo tipo, bebidas, mas eu não comi nem bebi nada.
Quando tem um gol (o touch down) aí todo mundo acorda e vibra, pra depois voltar a conversar e comer, enquanto vem mais comercial. Parece que o preço dos comerciais é muito, mas muito caro!
O show do intervalo é um elemento bastante importante também. Esse ano foi o Justin Timberlake, que eu gosto bastante. Inclusive, quando morei em Auckland eu fui num show dele. Pra ter uma idéia, já fazia mais de 2 horas que o jogo havia começado, mas estava ainda na metade. Fui pra casa às 20:30, mas o jogo foi até depois da 22, ou seja, 4 horas no total, com apenas 15 minutos de bola em jogo.
No dia seguinte fiquei sabendo que o Patriots perdeu. Os campeões foram os tais de Eagles. Diz que o país inteiro estava torcendo pro Eagles, pois eles não gostam de Massachusetts (não gostam de liberais). Mas isso será assunto pra outro post.
Boston tem times muito bons em 4 esportes: Red Sox em Baseball, Patriots em futebol americano, Bruins em Hockei, e Celtics em Basquete.
Ano passado os Patriots ganharam o campeonato de virada, e me contaram que teve a maior festa nas ruas de Boston pra receber os campeões, apesar do frio intenso.
Aqui todos conhecem a Gisele Bundchen, pois ela é casada com o Tom Brady, um dos melhores jogadores desse esporte. Eles moram numa mansão em Chestnul Hill, um bairro nobre daqui.
Eu fiquei sabendo dessa final no trabalho, quando perguntei pra alguns colegas o que eles iam fazer no fim de semana, e responderam que iriam assistir o jogo. Falei que não sabia do que se tratava, e aí me explicaram não só sobre a fama dos Patriots, mas me explicaram sobre as regras do jogo em si.
Em todo lugar que eu ia, ouvia as pessoas comentarem sobre a grande final: no super mercado havia vários petiscos e bebida em oferta, que iam desaparecendo rápido, na academia as pessoas comentavam que estavam malhando a mais pra poder comer bastante, e assim por diante. Realmente a cidade iria parar pra assistir tal jogo.
O André estaria viajando naquele dia, e acabou que um dos meus colegas de trabalho me convidou pra assistir o jogo na casa dele, pois ele iria receber várias pessoas. Quase desistir de ir, pois era domingo de noite, frio e chuva lá fora, mas me esforcei e fui. Quando a gente pode ir de carro tudo fica mais fácil. Essa é uma das grandes vantagens sobre Londres, onde demora-se séculos pra chegar em qualquer lugar. Abster-me de álcool pra dirigir não é grandes coisa pra mim.
Cheguei na casa do meu colega e uma menina abriu a porta. Perguntei se era o apartment 2. Ela não sabia, mas falou que era a festa do Superbowl e que era pra eu entrar.
Na sala da casa havia uma mesa de centro cheia de comida, e diversas pessoas sentadas no sofá, em cadeiras espalhadas na sala, e até no chão. Durante a noite iam chegando pessoas, algumas convidadas de um dos flatmates do meu colega, que nem estava lá. Praticamente quem quisesse poderia se juntar a nós. Quando cheguei o jogo já havia começado, e puxei uma cadeira pra me juntar aos demais. Meu colega me apresentou pra todo mundo, mas não lembro o nome de ninguém.
Assistindo o Superbowl
O jogo são 2 tempos de meia-hora, com um grande show de intervalo. Entretanto, de bola em jogo mesmo o total são 15 minutos, pois o jogo pára o tempo todo, e além disso tem comercial o tempo inteiro. Sério, a cada 2 minutos tem um comercial. Meu colega me contou que ele nem gosta do esporte, e que muita gente usa essa data pra encontrar amigos ou família e comer bastante. É mais pra socializar do que pra ver o jogo em si.
Ao longo da noite vinha pizza, ostras, salgadinhos de todo tipo, bebidas, mas eu não comi nem bebi nada.
Quando tem um gol (o touch down) aí todo mundo acorda e vibra, pra depois voltar a conversar e comer, enquanto vem mais comercial. Parece que o preço dos comerciais é muito, mas muito caro!
O show do intervalo é um elemento bastante importante também. Esse ano foi o Justin Timberlake, que eu gosto bastante. Inclusive, quando morei em Auckland eu fui num show dele. Pra ter uma idéia, já fazia mais de 2 horas que o jogo havia começado, mas estava ainda na metade. Fui pra casa às 20:30, mas o jogo foi até depois da 22, ou seja, 4 horas no total, com apenas 15 minutos de bola em jogo.
No dia seguinte fiquei sabendo que o Patriots perdeu. Os campeões foram os tais de Eagles. Diz que o país inteiro estava torcendo pro Eagles, pois eles não gostam de Massachusetts (não gostam de liberais). Mas isso será assunto pra outro post.
Sunday, 14 January 2018
Meu cachorro Enee
As pessoas mais próximas de mim sabem que faz anos que eu queria um cachorro. Desde quando ainda morava no Brasil, há mais de 10 anos, que eu queria um cachorro. Lembro inclusive de um dia que eu e o André fomos numa feira de adoção pegar um cachorro, mas ao chegar lá descobrimos que por causa da chuva ela foi cancelada.
Nos anos seguintes, as viagens, mudanças de país e estilo de vida não nos possibilitou de pegarmos um cachorro, mas na minha cabeça o Enee, nome que inventei pro cachorro, já existia.
Uma das coisas que me fez aceitar me mudar pros Estados Unidos foi a possibilidade de aqui ter um cachorro. Alugamos uma casa onde pudéssemos ter cachorro. Apesar de não ter quintal, ela é estrategicamente posicionada ao lado de um parque, e 5 minutos de caminhada de outro parque, ambos com bastante espaço pros cachorros correrem e socializarem.
Passei uns 2 meses procurando órgãos de adoção, mandando emails, mandando applications pra cachorros que eu via o perfil e gostava, e cheguei a visitar uma instituição, onde escolhi um cachorro pra adotar. Precisavam que o André fosse lá conhecer o cachorro também, mas ele estava no trabalho, e quando saiu outras pessoas já haviam adotado aquele cachorro. As respostas dos applications ou vinham que o cachoro já havia sido adotado ou não respondiam.
Temos limite de tamanho e peso aqui onde moramos, e queríamos um cachorro razoavelmente jovem, no máximo 5 anos, e acabou que adotar ficou muito complicado. Até vi de adotar um no Brasil e trazer pra cá, mas por causa das vacinas todas e do tempo que eu ficaria no Brasil esse plano não deu certo. Durante minha estadia no Brasil passei um bom tempo a procurar criadores de fox terrier, a raça do Enee. Eles são a maioria em estados bem longe, e poderíamos comprar pela internet que eles mandam o cachorro de avião, ou poderíamos viajar pra lá pra pegar o cachorro, e tudo parecia difícil. Foquei então nas raças de criadores do estado de Massachusetts, e acabei que encontrei um criador com cachorrinhos de 12 semanas, há 45 min de Boston. Mandei os detalhes pro Andre, entrei em contato com o criador, e 1 semana depois estava o Enee lá em casa: um Welsh Terrier, muito parecido com Fox Terrier, mas de outra cor.
Foi duro eu esperar ainda 3 semanas no Brasil, sabendo que tinha um filhotinho de cachorro me esperando em Boston.
Mas finalmente chegou a hora de eu conhecer esse pequeno ser que me encanta todos os dias. O André foi me buscar no aeroporto e ele estava no carro.
Já faz 4 meses que ele está em nossas vidas, e nós não conseguimos mais imaginar não tê-lo por perto. Inclusive, quando fomos pra Florida e o deixamos com amigos, foi estranho voltar pra casa e ele não estar lá.
Nós o levamos conosco pra maioria dos lugares, inclusive em viagens que fazemos de carro.
Enquanto escrevo este post ele está deitado no meu colo aqui no sofá. Estou toda torta pra não interromper o sono dele, ainda mais porque ele está se recuperando da cirurgia de castração, tadinho.
Aqui vai um resumo do Enee:
- é cheio de energia
- mastiga tudo o tempo inteiro! Temos que ficar de olho, pois ele acaba comendo coisa de não deve e passa mal depois. Inclusive, um grande perigo pra raça com esse tipo de comportamento é deles comerem algo que obstrua algo no sistema gastro intestinal e precisem de cirurgia pra tirar!
- ele ADORA dormir no nosso colo
- destrói todo e qualquer brinquedo que compramos pra ele
- gosta de comer maçã e pipoca comigo de tarde enquanto vejo algum seriado
- vive tentando pegar meias da minha caixa de meias quando abro meu armário
- gosta de sentar na poltrona do quarto e mastigar minha almofada
- ele faz o maior sucesso quando saímos na rua. Muita gente para pra saber que raça é e quer passar a mão na cabecinha dele. Adoram o Enee!
- enquanto eu fico no computador fazendo algo, ele fica deitado do meu lado na cadeira mastigando um brinquedo dele
E aqui vai um resumo meu:
- cachorro novinho dá BASTANTE trabalho. Tem que ficar o tempo inteiro e olho, que nem criança
- Agora ele já trocou os dentinhos, mas dentinho de puppy é bem afiado e eu vivia com a mão arranhada
- a melhor coisa pra gastar energia deles é deixá-los brincando com outros cachorros
- estou cheia de foto dele no meu celular e tenho que me policiar, senão fico postando fotos dele e esqueço que o perfil de rede social é meu, e não dele
- treinamento de cachorro exige tempo e paciência
- temos tentado acostumá-lo com coisas nem tanto agradáveis pra ele, como cortar a unha, escovar os dentes e pentear o pêlo (se bem que agora ele gosta deste último). Comprar petiscos de qualidade ajuda muito nessas tarefas.
Finalmente realizei mais um sonho na minha vida, o de ter um cachorro!
Ser mãe de cachorro não é só passeio no parque, mas eu adoro!
Nos anos seguintes, as viagens, mudanças de país e estilo de vida não nos possibilitou de pegarmos um cachorro, mas na minha cabeça o Enee, nome que inventei pro cachorro, já existia.
Uma das coisas que me fez aceitar me mudar pros Estados Unidos foi a possibilidade de aqui ter um cachorro. Alugamos uma casa onde pudéssemos ter cachorro. Apesar de não ter quintal, ela é estrategicamente posicionada ao lado de um parque, e 5 minutos de caminhada de outro parque, ambos com bastante espaço pros cachorros correrem e socializarem.
Passei uns 2 meses procurando órgãos de adoção, mandando emails, mandando applications pra cachorros que eu via o perfil e gostava, e cheguei a visitar uma instituição, onde escolhi um cachorro pra adotar. Precisavam que o André fosse lá conhecer o cachorro também, mas ele estava no trabalho, e quando saiu outras pessoas já haviam adotado aquele cachorro. As respostas dos applications ou vinham que o cachoro já havia sido adotado ou não respondiam.
Temos limite de tamanho e peso aqui onde moramos, e queríamos um cachorro razoavelmente jovem, no máximo 5 anos, e acabou que adotar ficou muito complicado. Até vi de adotar um no Brasil e trazer pra cá, mas por causa das vacinas todas e do tempo que eu ficaria no Brasil esse plano não deu certo. Durante minha estadia no Brasil passei um bom tempo a procurar criadores de fox terrier, a raça do Enee. Eles são a maioria em estados bem longe, e poderíamos comprar pela internet que eles mandam o cachorro de avião, ou poderíamos viajar pra lá pra pegar o cachorro, e tudo parecia difícil. Foquei então nas raças de criadores do estado de Massachusetts, e acabei que encontrei um criador com cachorrinhos de 12 semanas, há 45 min de Boston. Mandei os detalhes pro Andre, entrei em contato com o criador, e 1 semana depois estava o Enee lá em casa: um Welsh Terrier, muito parecido com Fox Terrier, mas de outra cor.
Foi duro eu esperar ainda 3 semanas no Brasil, sabendo que tinha um filhotinho de cachorro me esperando em Boston.
Mas finalmente chegou a hora de eu conhecer esse pequeno ser que me encanta todos os dias. O André foi me buscar no aeroporto e ele estava no carro.
Já faz 4 meses que ele está em nossas vidas, e nós não conseguimos mais imaginar não tê-lo por perto. Inclusive, quando fomos pra Florida e o deixamos com amigos, foi estranho voltar pra casa e ele não estar lá.
Nós o levamos conosco pra maioria dos lugares, inclusive em viagens que fazemos de carro.
Enquanto escrevo este post ele está deitado no meu colo aqui no sofá. Estou toda torta pra não interromper o sono dele, ainda mais porque ele está se recuperando da cirurgia de castração, tadinho.
Algumas das dezenas de fotos que tenho dele dormindo no meu colo
Aqui vai um resumo do Enee:
- é cheio de energia
- mastiga tudo o tempo inteiro! Temos que ficar de olho, pois ele acaba comendo coisa de não deve e passa mal depois. Inclusive, um grande perigo pra raça com esse tipo de comportamento é deles comerem algo que obstrua algo no sistema gastro intestinal e precisem de cirurgia pra tirar!
- ele ADORA dormir no nosso colo
- destrói todo e qualquer brinquedo que compramos pra ele
- gosta de comer maçã e pipoca comigo de tarde enquanto vejo algum seriado
- vive tentando pegar meias da minha caixa de meias quando abro meu armário
- gosta de sentar na poltrona do quarto e mastigar minha almofada
- ele faz o maior sucesso quando saímos na rua. Muita gente para pra saber que raça é e quer passar a mão na cabecinha dele. Adoram o Enee!
- enquanto eu fico no computador fazendo algo, ele fica deitado do meu lado na cadeira mastigando um brinquedo dele
E aqui vai um resumo meu:
- cachorro novinho dá BASTANTE trabalho. Tem que ficar o tempo inteiro e olho, que nem criança
- Agora ele já trocou os dentinhos, mas dentinho de puppy é bem afiado e eu vivia com a mão arranhada
- a melhor coisa pra gastar energia deles é deixá-los brincando com outros cachorros
- estou cheia de foto dele no meu celular e tenho que me policiar, senão fico postando fotos dele e esqueço que o perfil de rede social é meu, e não dele
- treinamento de cachorro exige tempo e paciência
- temos tentado acostumá-lo com coisas nem tanto agradáveis pra ele, como cortar a unha, escovar os dentes e pentear o pêlo (se bem que agora ele gosta deste último). Comprar petiscos de qualidade ajuda muito nessas tarefas.
Finalmente realizei mais um sonho na minha vida, o de ter um cachorro!
Ser mãe de cachorro não é só passeio no parque, mas eu adoro!
Monday, 1 January 2018
Ano novo na Florida
Pro ano novo nós voamos pra Flórida encontrar minha família. Seria uma excelente oportunidade de revê-los e também pra pegar um pouco de sol e clima agradável na Flórida.
Saímos de Boston dia 30 bem cedo e 3 horas depois pousávamos em Orlando. Fomos direto pro hotel Cabana Bay, um dos hotéis no complexo da Universal, onde meus pais, uma das minhas irmãs e meu sobrinho estavam hospedados. Infelizmente minha irmã mais nova não pode nos acompanhar nesta viagem.
Encontramos meu pai na recepção do hotel e fomos deixar nossas coisas no quarto deles, enquanto esperávamos o horário do nosso check-in. Só largamos as coisas lá e pegamos o ônibus do hotel, que nos levou até a entrada do Skywalk, uma área cheia de restaurantes logo antes da entrada dos parques da Universal. Tem um restaurante chamado Bubba Gump Shrimp, fundado por causa daquele filme Forrest Gump, que fazia tempo que meus pais queriam experimentar.
Conseguimos uma mesa e almoçamos ali frutos do mar. A comida estava boa, mas minhas expectativas eram maiores por algum motivo. Meu pai e o André também não acharam sensacional, mas minha mãe gostou bastante da comida.
Depois os demais foram entrar nos parques da universal, enquanto eu e o André ficamos caminhando por ali pra matar tempo e aproveitar o sol e clima ameno.
Depois do check-in ficamos no hotel descandando, pois havíamos acordado muito cedo. Mais tarde encontramos todo mundo pra janta ali no hotel mesmo. Eles têm várias opções pra janta, inclusive um buffet de saladas muito bom, bem parecido com as saladas que comemos de janta em casa.
Dia 31, dia de ano novo, foi outro dia de sol com clima ameno. Acordamos bem cedo pra tirar proveito do fato de podermos acessar certas áreas do parque 1 hora antes do resto do público, por sermos hóspedes de um dos hotéis da universal. Fomos direto num dos brinquedos do Harry Potter, o do castelo (o mais legal dos 2 brinquedos, na minha opinição). Em períodos cheios, como de ano novo, a espera em tal brinquedo pode passar de 2 horas. Ficamos 20 minutos na fila. Dali fomos direto no brinquedo do King Kong, outro bem procurado, e a espera foi de 5 minutos. Já chegamos a ficar 1:30 na fila de tal brinquedo no passado. Mas foi isso, depois desses tudo a fila demorava 1:30. Eu, o André e o Gabriel fomos na montanha russa do Hulk, e depois fomos almoçar com os demais num restaurante bem legal do Skywalk chamado Cowfish. Eles servem hamburguer e sushi, o que agradou aos nossos paladares diversos.
Depois do almoço fomos no brinquedo do Transformers, o melhor 3D dos parques, na minha opinião. Logo, os demais retornaram ao hotel pra descansar pra festa de ano novo, e eu fiquei no parque até pelas 5:30 da tarde pra ver cantos que eu não conhecia e ver atrações menos procuradas. Acabava ficando só na fila dos brinquedos mais famosos e não via outras coisas interessantes do parque. Fui no show do Simbad, no brinquedo do Poseidon e retornei na montanha russa do Hulk. Só depois voltei pro hotel pra descansar.
Pensamos em retornar aos parques pelas 10 da noite pra ver o show de fogos, mas mudamos de planos e ficamos no hotel mesmo. Eles haviam organisado uma festa na área central do hotel, que estava toda enfeitada de balões. Havia uma opção de comida pra ceia de ano novo, além das demais opções de todos os dias. Havia DJ e pista de dança, e a festa estava super empolgada. Chegamos cedo e pegamos uma mesa, e ficamos ali conversando, bebendo um pouco, vendo o movimento e aproveitando a companhia da família.
Na hora da contagem regressiva muita gente foi pro meio do salão esperar os balões do teto caírem, o que aconteceu quando chegou meia-noite.
Foi um ano novo super divertido, com bastante música, comida e até dança!!
Dia primeiro amanheceu bem frio e nublado. A temperatura nos demais dias caiu drasticamente, e eu acabei usando as roupas e inverno que eu usava em Londres. Minha família que passou mais trabalho, pois como no Brasil (assim como na Flórida) não é comum dar frio assim, alguns passaram um pouco de frio durante o dia.
Voltamos aos parques da universal, mas chegamos mais tarde e fomos e poucos brinquedos. Minha maior reclamação é o fato de que a entrada pros parques é ridiculamente cara, mais de 200 dólares, e praticamente você tem acesso aos parques e 2 ou 3 brinquedos. Pra aumentar e receita e dar opção de não perder tanto tempo em fila, eles vendem o tal fastpass, que custa 70 dólares e que te dá acesso a uma fila especial, que anda mais rápido. O resultado é que as filas ficam ainda piores e mais demoradas. Detesto isso e recidi que não volto mais nesses parques. Já estive neles vezes o suficiente e o custo benefício simplesmente não se justifica mais.
Dia 2 foi um dia de clima abominável. Choveu praticamente o dia inteiro, com vento e muito frio. Neste dia visitamos a NASA. Eu já havia visitado a NASA, mas fazia mais de 20 já e não lembrava de muita coisa. O André nunca havia ido, e ele adora tudo que é do espaço, então ele curtiu bastante o passeio. Na verdade nós todos curtimos, e o bom de termos ido lá neste dia de frio e chuva é que a maioria das atrações é dentro. Vimos um filme muito bonito sobre o planeta terra e vimos foguetes e como são construídos. É um passeio interessantíssimo realmente.
Dia 3 choveu de novo, e nós fomos pra um shopping grande que tem em Orlando, e como era de se esperar, estava cheio. Chegamos lá pro almoço e ficamos umas 2 horas pelas lojas. Nem comprei nada, mesmo porque não havia espaço na minha mala de cabine. Logo já foi hora de voltar pro hotel, logo já foi hora de ir pro aeroporto, e logo foi hora de me despedir da minha família, o que é sempre muito difícil....
Eles continuaram viagem pra Miami, enquanto eu e o André retornamos a Boston no meio de uma tempestade que estava a caminho desta parte do país, que congelou tudo e todos pela próxima semana. Os aeroportos fecharam no dia seguinte (demos sorte de termos ido neste dia), a neve acumulou em montanhas, as temperaturas ficaram em -15 graus.
Senti falta dos 9 graus da Flórida e dos dias de festa com pessoas importantes pra mim. Foi uma pena não ter podido experimentar as piscinas do Cabana Bay...
Vídeo da viagem: https://www.youtube.com/watch?v=mq52TFBm9jQ&feature=youtu.be
Saímos de Boston dia 30 bem cedo e 3 horas depois pousávamos em Orlando. Fomos direto pro hotel Cabana Bay, um dos hotéis no complexo da Universal, onde meus pais, uma das minhas irmãs e meu sobrinho estavam hospedados. Infelizmente minha irmã mais nova não pode nos acompanhar nesta viagem.
Encontramos meu pai na recepção do hotel e fomos deixar nossas coisas no quarto deles, enquanto esperávamos o horário do nosso check-in. Só largamos as coisas lá e pegamos o ônibus do hotel, que nos levou até a entrada do Skywalk, uma área cheia de restaurantes logo antes da entrada dos parques da Universal. Tem um restaurante chamado Bubba Gump Shrimp, fundado por causa daquele filme Forrest Gump, que fazia tempo que meus pais queriam experimentar.
Almoço no Bubba Gump Shrimp
Conseguimos uma mesa e almoçamos ali frutos do mar. A comida estava boa, mas minhas expectativas eram maiores por algum motivo. Meu pai e o André também não acharam sensacional, mas minha mãe gostou bastante da comida.
Depois os demais foram entrar nos parques da universal, enquanto eu e o André ficamos caminhando por ali pra matar tempo e aproveitar o sol e clima ameno.
Depois do check-in ficamos no hotel descandando, pois havíamos acordado muito cedo. Mais tarde encontramos todo mundo pra janta ali no hotel mesmo. Eles têm várias opções pra janta, inclusive um buffet de saladas muito bom, bem parecido com as saladas que comemos de janta em casa.
Dia 31, dia de ano novo, foi outro dia de sol com clima ameno. Acordamos bem cedo pra tirar proveito do fato de podermos acessar certas áreas do parque 1 hora antes do resto do público, por sermos hóspedes de um dos hotéis da universal. Fomos direto num dos brinquedos do Harry Potter, o do castelo (o mais legal dos 2 brinquedos, na minha opinição). Em períodos cheios, como de ano novo, a espera em tal brinquedo pode passar de 2 horas. Ficamos 20 minutos na fila. Dali fomos direto no brinquedo do King Kong, outro bem procurado, e a espera foi de 5 minutos. Já chegamos a ficar 1:30 na fila de tal brinquedo no passado. Mas foi isso, depois desses tudo a fila demorava 1:30. Eu, o André e o Gabriel fomos na montanha russa do Hulk, e depois fomos almoçar com os demais num restaurante bem legal do Skywalk chamado Cowfish. Eles servem hamburguer e sushi, o que agradou aos nossos paladares diversos.
Almoço no Cowfish, onde almoçarmos 2 dias seguidos
Depois do almoço fomos no brinquedo do Transformers, o melhor 3D dos parques, na minha opinião. Logo, os demais retornaram ao hotel pra descansar pra festa de ano novo, e eu fiquei no parque até pelas 5:30 da tarde pra ver cantos que eu não conhecia e ver atrações menos procuradas. Acabava ficando só na fila dos brinquedos mais famosos e não via outras coisas interessantes do parque. Fui no show do Simbad, no brinquedo do Poseidon e retornei na montanha russa do Hulk. Só depois voltei pro hotel pra descansar.
Eu e meu sobrinho a caminho dos parques da Universal
Eu e minha irmã na frente das réplicas das casas de Londres
Família na área do Harry Potter, com sol
Mesma paisagem da foto anterior, no dia seguinte
Eu e minha irmã na frente das réplicas das casas de Londres
Família na área do Harry Potter, com sol
Mesma paisagem da foto anterior, no dia seguinte
Pensamos em retornar aos parques pelas 10 da noite pra ver o show de fogos, mas mudamos de planos e ficamos no hotel mesmo. Eles haviam organisado uma festa na área central do hotel, que estava toda enfeitada de balões. Havia uma opção de comida pra ceia de ano novo, além das demais opções de todos os dias. Havia DJ e pista de dança, e a festa estava super empolgada. Chegamos cedo e pegamos uma mesa, e ficamos ali conversando, bebendo um pouco, vendo o movimento e aproveitando a companhia da família.
Na hora da contagem regressiva muita gente foi pro meio do salão esperar os balões do teto caírem, o que aconteceu quando chegou meia-noite.
Foi um ano novo super divertido, com bastante música, comida e até dança!!
Feliz 2018!!
Festa de ano novo no Cabana Bay
Dia primeiro amanheceu bem frio e nublado. A temperatura nos demais dias caiu drasticamente, e eu acabei usando as roupas e inverno que eu usava em Londres. Minha família que passou mais trabalho, pois como no Brasil (assim como na Flórida) não é comum dar frio assim, alguns passaram um pouco de frio durante o dia.
Voltamos aos parques da universal, mas chegamos mais tarde e fomos e poucos brinquedos. Minha maior reclamação é o fato de que a entrada pros parques é ridiculamente cara, mais de 200 dólares, e praticamente você tem acesso aos parques e 2 ou 3 brinquedos. Pra aumentar e receita e dar opção de não perder tanto tempo em fila, eles vendem o tal fastpass, que custa 70 dólares e que te dá acesso a uma fila especial, que anda mais rápido. O resultado é que as filas ficam ainda piores e mais demoradas. Detesto isso e recidi que não volto mais nesses parques. Já estive neles vezes o suficiente e o custo benefício simplesmente não se justifica mais.
Dia 2 foi um dia de clima abominável. Choveu praticamente o dia inteiro, com vento e muito frio. Neste dia visitamos a NASA. Eu já havia visitado a NASA, mas fazia mais de 20 já e não lembrava de muita coisa. O André nunca havia ido, e ele adora tudo que é do espaço, então ele curtiu bastante o passeio. Na verdade nós todos curtimos, e o bom de termos ido lá neste dia de frio e chuva é que a maioria das atrações é dentro. Vimos um filme muito bonito sobre o planeta terra e vimos foguetes e como são construídos. É um passeio interessantíssimo realmente.
Dia 3 choveu de novo, e nós fomos pra um shopping grande que tem em Orlando, e como era de se esperar, estava cheio. Chegamos lá pro almoço e ficamos umas 2 horas pelas lojas. Nem comprei nada, mesmo porque não havia espaço na minha mala de cabine. Logo já foi hora de voltar pro hotel, logo já foi hora de ir pro aeroporto, e logo foi hora de me despedir da minha família, o que é sempre muito difícil....
Hora da despedida - lágrimas...
Eles continuaram viagem pra Miami, enquanto eu e o André retornamos a Boston no meio de uma tempestade que estava a caminho desta parte do país, que congelou tudo e todos pela próxima semana. Os aeroportos fecharam no dia seguinte (demos sorte de termos ido neste dia), a neve acumulou em montanhas, as temperaturas ficaram em -15 graus.
Senti falta dos 9 graus da Flórida e dos dias de festa com pessoas importantes pra mim. Foi uma pena não ter podido experimentar as piscinas do Cabana Bay...
Vídeo da viagem: https://www.youtube.com/watch?v=mq52TFBm9jQ&feature=youtu.be
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