Wednesday 30 May 2018

Férias em família


A segunda parte da minha viagem foi na Itália, onde meus pais e irmãs nos encontramos todos pra celebrar o casamento da minha irmã mais nova em Arco, uma cidade perto de Riva de Garda.
Eu e o André voamos de Berlin a Milão, e depois de alugar um carro passamos no hotel onde meus pais estavam hospedados depois de terem chegado do Brasil na noite anterior. O hotel era perto do aeroporto, e logo estávamos os 4 a caminho de Riva de Garda. A viagem de carro é pouco mais de 3:30, mas nós paramos no caminho pra tomar alguma coisa e comer um sorvete, e quando chegamos já eram perto das 7 da noite. A última vez que tinha visto minha irmã mais nova foi em 2016, então foi legal reencontrá-la, ainda mais com meus pais junto. Eu e o André ficamos numa casa junto com a minha irmã e o agora marido dela, numa vila chamada Varone, menos de 10 minutos de Riva del Garda. Depois de passados os cumprimentos, fui deixar meus pais no hotel deles, um hotel bem bonito de frente pro Lago di Garda, sonho do meu pai. Ele chegou no quarto e abrindo a janela, com aquela vista linda, estava realizado!

Encontro com meus pais no começo da viagem
Minha mãe numa das cidades ao redor do Lago di Garda
Meu pai feliz com a vista do quarto do hotel deles
Jantar em família


Na primeira noite jantamos numa pizzeria em Riva, e juntaram-se a nós um primo meu e a esposa, que estavam de férias em Verona, e a mãe e uma tia do noivo da minha irmã. Foi um dia bem cansativo, mas feliz de estar em família.
No dia seguinte nós fizemos um almoço pra todo mundo lá na casa onde eu estava, e foi uma comilança de comida saudável, feita pelo noivo. Estava bem calor neste dia, mas na casa era fresquinho. A casa tinha vista linda pras montanhas ao redor do lago. Depois do almoço fomos conhecer uma cidadezinha chamada Limone Sul Garda, uma vila bem pequenininha, mas de certo charme, não longe de Riva. Mas logo chegamos ali, mal deu tempo de ver o lugar começou a cair a maior chuva (por causa do calor), e nos abrigamos numa sorveteria, onde claro que tomamos um, sorvete. Deixamos meus pais no hotel deles no caminho de volta pra casa e terminamos o dia mais cedo.
Na quinta-feira eu peguei o carro e fui com meus pais na cidade de Malcesine pra subir no tal Monte Baldo, que meu pai queria muito ir. Chegamos relativamente cedo pra tentar evitar filas (que ouvimos dizer que ficam bem grandes) e logo já estávamos no cable car que nos levava até o alto da montanha. Admito que não esperava que fosse tão alto lá em cima, e incrível ver gente subindo tudo aquilo à pé. Deve ser rewarding, mas acho que não faria.... Eu e meu pai demos uma caminhada por alguns pontos do topo pra ver a vista e bater fotos, e depois nos juntamos a minha mãe, que ficou no restaurante no topo da montanha e pegou uma mesa com vista pro lago. Comemos um aperitivo de polenta com cogumelo e salame, e meus pais tomaram cerveja, enquanto eu fiquei na diet coke.

Visita a Limone Sul Garda
Monte Baldo


Logo descemos, e fomos ver a cidade de Malcesine. Eu não lembrava daquela cidade, e fui caminhanho pelas ruazinhas estreitas dela com meu pai, que adorou! Eu achei bem legal também, mas já havia visto lugares parecidos, como San Giminiano, ou St. Paul de Vence na França, mas fiquei feliz que meus pais viram um lugar assim também.
Meu pai acabou reconhecendo um restaurante de Malcesine, onde segundo ele havíamos almoçado em 2010, quando viajamos juntos por aquela região da Itália. Eu e minha mãe discordamos, e ficamos naquele “foi aqui sim” e “ não foi não”. Até que resolvi consultar meu blog, e achei o post que fiz da visita naquele ano, e acabou que meu pai estava certo. Havíamos sim almoçado naquele restaurante em 2010. Só que daquela vez a passagem pela cidade foi rápida, e não vimos o lado charmoso da cidadezinha. Foram só 8 anos depois que fomos fazer isso! Mais tarde eu e meus pais fomos conhecer a cidadezinha de Arco, cerca de 20 min de Riva. A cidade não é tão charmosa, mas deu pra ver que o ponto forte dela é pra escaladores e ciclistas. Inclusive foi assim que minha irmã mais nova ficou conhecendo essa região, pois ela vai muito escalar ali (ela mora em Munique, então vão de carro com o cachorro deles, o Zé, que por sinal estava lá conosco e adorou a atenção que todos demos pra ele).

Meus pais em Malcesine e depois em Arco
André almoçando na varanda da casa onde alugamos
Vista da varanda da casa onde alugamos



Neste dia de noite, minha outra irmã chegou, e jantamos todos juntos, pela primeira vez desde começo de 2017. Foi ótimo!

Irmãs reunidas

Primeira parte da viagem: https://www.youtube.com/watch?v=9n5mxwktNZ8

Sobre o casamento, relatarei num post diferente.
No último dia cheio em Riva eu fui com o André pro centrinho encontrar meus pais. Enquanto o André foi olhar lojas, eu fiquei com meus pais e meu primo e esposa num café numa das piazzas de Riva. Havia um homem tocando acordeon muito bem, tanto que vários de nós deixamos 1 ou 2 euros com ele, e ficamos no maior estilo italiano, sentados no sol, ouvindo música, tomando café. Depois eu e meus pais fomos dar uma volta por Riva, ver as lojas, até chegar numa onde meu pai comprou uma plaquinha que diz em italiano “Na minha casa mando eu, sem mais sem menos. Minha esposa me deu permissão pra pendurar essa plaquinha”. Minha mãe procurou um presente pro neto (obviamente meu sobrinho) que infelizmente não pode vir.
Pro almoço veio a família toda pra se juntar a nós num restaurante na beira do lago di Garda, onde batemos essa foto.
De tarde alguns de nós fomos caminhando pela margem do lago até uma sorveteria chamada Flora. O visual do lago é lindo! Foi aí que entendi realmente a beleza do lugar. Tem até uma mini praia lá, e parques bonitos na beira do lago. Eu ficava parando pra bater foto e fazer vídeo o tempo todo, pra ter de lembrança.

Almoço em família
Vistas lindas de Riva del Garda


O sorvete da sorveteria Flora era delicioso, veramente gelato italiano! Ficamos cerca de 2 horas lá na sorveteria batendo papo. Peguei meus pais no hotel deles e fomos novamente lá pra casa onde eu estava ficando. Fizemos um jantar com todos os restinhos de comida que havia sobrado, além obviamente de bastante queijo e vinho. Vimos as fotos e alguns vídeos do casamento, comentando das lembranças do dia anterior e do quanto foi bom.
Logo foi hora de se despedir, e claro que batemos mais uma foto de família. Não sei quando vamos nos reunir todos novamente, mas espero que não demore muito.
Domingo de manhã bem cedo, eu e o André pegamos meus pais no hotel deles e fomos até Verona. Deixamos eles na estação de trem e eu e o André fomos pro aeroporto pegar o vôo pra Londres.

Video da segunda parte da viagem https://youtu.be/7HLg7c1Fydk

Minha mãe em Riva
Última noite em família, vendo as fotos do casamento


Monday 28 May 2018

Berlin - fim da história


Se vai ser mesmo o fim da minha história com Berlin é difícil dizer, entretanto a admiração que eu tinha pela cidade e pela cultura foi-se embora.
Tudo começou no dia que eu cheguei, quando fui pegar o tram (tipo bondinho) pra encontrar minha amiga. Eu quase nunca usava esse tram quando morei em Berlin, mas lembrava que dava pra comprar ticket dentro. Eu havia tomado um táxi do aeroporto até o airbnb, e por isso não tinha ticket pra usar o transporte público. Eu havia cerca de 20 euros comigo, além de cartão de crédito.
Entrei no M10, que me levaria até Warschauer str, e estava super cheio (possivelmente por causa do festival). Fiquei tentando procurar a tal máquina, mas eu só conseguia chegar na máquina de validar o ticket, não na de comprar. O tram parou e bastante gente desceu, e então consegui ir até tal máquina. Só que chegando lá, a maldita só aceitava moeda, que eu não tinha, pois havia acabado de chegar no país. O tram começa a andar e eu fico pensando, e resolvo sair na próxima estação. Sento pra esperar, e quando me levanto percebo que tem 2 fiscais vendo os tickets das pessoas. Na minha vez eu explico que não tenho, pois tentei comprar e não consegui. Desembarco com eles e eles pedem meu passaporte e meu endereço. Pelos próximos 20 minutos fico discutindo com eles, em inglês e depois em alemão, pois querem me multar 60 euros por estar usando transporte sem ticket.  Explico a situação, mas não querem nem saber, dizem que a culpa foi minha de não saber que a máquina só aceita moeda. Não vou entrar em mais detalhes, mas no fim eu falo que não tenho 60 euros e não vou pagar. Eles me dão o papel com a multa e eu pergunto onde posso comprar ticket que não seja com moeda. Eles me falam e imediatamente vou lá e compro o ticket que vale por 7 dias, pra passar a semana toda.
Ao encontrar minha amiga, eu já bem atrasada a esse ponto, conto a história pra ela. A primeira coisa que ela me diz é que na Alemanha existe um ditado que diz: Ungewisseheit schütz von Strafe nicht vor (Ignorância não te protege de castigo). Ou seja, na Alemanha é normal as pessoas serem multadas sem saber por que. E o interessante é que todo e qualquer alemão pra quem eu contei a história tiveram a mesma reação “Pois é... chato né... mas é a lei... você desrespeitou a lei! Foi um erro seu e você tem que pagar por ele.”
Fiquei procurando na internet histórias de pessoas em situação parecida, pra ver se pagavam tal multa, e pra minha surpresa isso acontece com várias pessoas, e os que não pagam recebem um valor cada vez mais alto pelo correio, mesmo em outro país. Inclusivo li artigos que denunciam fiscais que pedem suborno pra não aplicar multa nas pessoas, e que as pessoas que mais pagam multas são, adivinhem quem? Turistas! Não é só questão de ter um ticket, é ter o ticket certo, pra zona certa, validado, e as regras não são fáceis de serem descobertas! Uma menina da minha empresa contou que ela comprava o passe mensal, e achava que o passe valia por 1 mês após a compra, só pra depois ser multada e ficar sabendo que ele vale até o fim do mês corrente, independente da data de compra. Turistas às vezes se confundem e validam o ticket mais de uma vez, o que o deixa inválido. E os fiscais multam todos, sem exceção. Eles trabalham com cotas, quanto mais multa aplicam, melhor.
Lembro quando fiquei 1 mês na Alemanha em 2003, na cidade de Göttingen, e estava num ônibus com o pessoal do curso de alemão, e uma das meninas entrou no ônibus com o dinheiro pra comprar o ticket, mas sem o ticket, achando que alguém viria cobrar. Ela devia ter comprado com o motorista, mas não sabia. Vieram os fiscais e a pegaram sem ticket. Lembro do nosso professor de alemão discutindo com os fiscais por bastante tempo, explicando que a menina não falava alemão e havia acabado de chegar, pra eles falarem a mesma coisa que os fiscais falaram pra mim: “Se você quiser recorrer, tem que ir no escritório da empresa que cuida do transporte. Eu não tenho poder de tomar decisão.”. Parece até algo sensato, mas é mentira deslavada.
Eu fui no escritório da empresa do transporte, e levei meu cartão de embarque, endereço do airbnb, ia explicar tudo de novo pra ver se lá mostravam compaixão ou bom senso. A pessoa que estava lá atendendo foi a pessoa mais grossa que eu já conheci na minha vida. Grosso é pouco, simplesmente abominável. Fiquei novamente discutindo com ele, dizendo que não faz sentido multar alguém por fazer algo sem gravidade nenhuma, resultado de ignorância temporária. A resposta foi: A culpa foi sua de não ter se informado o suficiente antes de ter vindo pra Alemanha!
Por que não publicam um livro sobre como usar o transporte público de Berlin e fazem a pessoa passar por uma prova antes de poder entrar na cidade? Isso faria mais sentido. E o website da empresa, a BVG, é ruim, o que não facilita encontrar informação lá sobre isso.
Muitos dos alemães me disseram: “ Não sei por que você está tão brava, é assim em qualquer país!”. Mentira. Não é. Já morei e visitei país o suficiente, e cometi erros parecidos em alguns deles, e NUNCA ganhei uma multa por estar tentando fazer a coisa certa. Tenho vários exemplos, inclusive.
Pra mim, essa regra e esse tipo de atitude é absolutamente inaceitável. Aprendi mais sobre a mentalidade alemã, e não gostei do que aprendi. É claro que eu não espero que eles mudem, mas eu não quero ter mais nada a ver com a Alemanha depois dessa. Não sei se pra sempre, mas por um bom tempo.
Há não muito tempo atrás, alguém lá decidiu que ser judeu era crime, e eles pagaram com a vida. Eu paguei 60 euros, o que comparado é bem pouco, mas o suficiente pra eu não querer saber.

Friday 25 May 2018

Berlin - 5 anos depois


A minha empresa tem escritório em Berlin, e meu chefe havia falado pra eu eventualmente fazer uma viagem pra lá pra conhecer as pessoas e facilitar a comunicação. Aproveitei que ia no casamento da minha irmã na Itália e fui pra Berlin na semana anterior. Unindo o útil ao agradável.
A viagem até lá é meio chata, pois de Boston não tem vôo direto, então tive que fazer escala em Madrid. Cheguei cansada, mas bem no air bnb, que ficava em Frankfurter Tor. Depois de um cochilo recuperador eu saí pra encontrar minha amiga Suzanne, que conheci na época que eu morei em Berlin. Quando marquei a viagem eu não sabia que chegaria num fim de semana prolongado, então acabou que estava tendo um festival em Kreuzberg bem nesse fim de semana. No domingo estava muito cheio, então resolvemos ficar pelos arredores de Schnöneberg, bairro onde a Suzanne mora, que ainda retém um ar de “comunidade local”. A Suzanne mora lá há vários anos e conhece bastante pessoas. Caminhando na rua ela sempre tem alguém pra cumprimentar. Achei engraçado que passamos por uma casa vermelha toda pichada, com um sofá na calçada, bem na frente da casa, coisas que só se vê em Berlin. Ali do lado haviam 3 caras no que parecia ser uma oficina de bicicleta, sentados cada um num banco, tomando cerveja. Acabou que eram amigos da Suzanne e ficamos sentadas ali com eles, conversando. Eles tomando cerveja e fumando como loucos. O bom foi que puder praticar bastante alemão. Fiquei bem feliz, pois a Suzanne falou que meu alemão continua ótimo, fluente, e eu entendia tudo o que ela me falava. Depois de um tempo ali conversando, fomos jantar num bar e restaurante ali perto, chamado Blues Garage, onde eu ia com ela nas quintas-feiras pra ver jam session. Comi um Leberkäse bem gostoso, e adivinha se não tinha mais conhecidos da Suzanne ali, numa mesa grande, rindo e falando alto, meio bêbados. Era até engraçado. Eu e ela sentamos em outra mesa pra comer, e do nosso lado sentou um casal, e depois começamos a conversar. Ambos advogados, estavam nos contando sobre a profissão deles em Berlin.
Segunda-feira, dia do feriado, fomos pro tal festival. Estava menos cheio, mas ainda assim tinha bastante gente. Não achei nada demais, mas no fim dele assistimos uma mulher de Madagascar cantar com a banda dela num dos palcos. Foi diferente...

Leberkäse no Blues Garage em Schöneberg
Minha amiga Suzanne
Festival em Kreuzberg
Cenas de Berlin


Passei a semana inteira trabalhando, entre o escritório de Prenzlauer Berg e o novo, que fica num prédio de 1940, que estava abandonado e agora estão recuperando e transformando em escritórios. Todo mundo que eu conversei em Berlin falou que os preços de aluguel estão ficando caros demais lá, e minha empresa, precisando de mais espaço, teve que ser criativa e se mudar pra um lugar diferente. É chatinho de chegar lá, mas o prédio fica bem na beira do rio Spree e tem bastante verde por perto. Fiz uns vídeos pra tentar mostrar o lugar, principalmente o elevador, o qual usei uma vez e não tive mais coragem de usar.
Todo dia tive algo diferente pra fazer: ou jantava com a Suzanne, ou com o pessoal do trabalho. A semana passou rápido, e quando vi já era sábado de manhã, e o André, que estava em Londres a trabalho, chegou. Eu saí do air bnb e fui ficar no hotel com ele, o Hilton que fica em Berlin Mitte. Um baita hotel, muito, mas muito bom. E o melhor de tudo era que tinha piscina. Estava o maior calor em Berlin, com temperatura perto de 30 graus (ou mais), e ter aquela piscina pra se refrescar de tarde foi tudo de bom. Fui numa loja comprar maio (não tinha levado roupa pra banho) e me esbaldei naquela piscina. No fim de semana eu e o André passeamos por Berlin, encontramos uma amiga da faculdade que mora lá já faz alguns anos, com o marido e o filho, passamos pela rua onde eu morei e por Mauerpark, no mercado de pulgas. Do lado do apartamento que eu morei em Prenzlauer Berg tinha um café pequeno, mas muito aconchegante e com comida boa, chamado Zückerstück. Eu havia visto no google que ele havia fechado, mas quando passamos na frente li um aviso que falava que estavam reabrindo no dia seguinte ao dia que iríamos embora!

Sacada da empresa onde trabalho
Um dos corredores gigantes no prédio da empresa
Um dos diversos ursos espalhados por Berlin
Fernseh Turm em Alexander Platz
Frankfurter Tor
Jantar saudável
Berlin Mitte - vista do quarto do hotel
Jantar em Berlin Mitte
Kolowitz Platz, em Prenzlauer Berg


Foi bom ter ido pra Berlin de novo depois desses anos, durante o verão, mas resolvi que não é pra mim. No próximo post explico o(s) motivos(s).

https://www.youtube.com/watch?v=gm6Zs3DfCVc&feature=youtu.be

Sunday 6 May 2018

Cape Cod + Harvard Spring Festival

Sábado deu um dia lindo de sol e resolvemos aproveitar pra conhecer alguma cidade de Cape Cod, aquele cabo que parece um braço de siri no mapa, cerca de 1:30 ao sul de Boston.
Cape Cod é muito famoso com as pessoas daqui de Boston, com muitos delas tendo casas de veraneio lá. As ilhas de Martha' Vineyard e Nantucket possuem mansões milionárias lindíssimas, com vista pro mar. Ouvi dizer que Provincetown, a cidade mais ao norte do cabo, é onde fica o agito. Este verão quero ir lá conhecer. Mas no passeio de sábado fomos pra uma cidade bem começo de Cape Cod, 1:30 de carro da nossa casa, chamada Falmouth.
A cidade em si não tinha nada demais, mas a praia que tinha ali era bonita e estava bem tranquila. Foi a primeira vez do Enee na praia, e ele adorou ficar correndo pela areia, cheirando as conchas e o ar marinho. Só que ele detesta água, e não quis chegar perto do mar de jeito nenhum!
Brincou com outros cachorros que também estavam na praia, rolando na areia.
Recomendaram que visitássemos a praia de Silver Beach, cerca de 10km de onde estávamos. Já era hora do almoço quando chegamos, e achamos um hotel com um deck e um restaurante na beira do mar, chamado Sea Crest Beach Hotel. Tinha uma piscina interna e outra externa, que dava bem na frente do mar. Sentamos numa mesinha ali entre a piscina e o mar, protegidos do vento. Pra minha sorte eu tinha passado bastante protetor solar e stava de boné, pois apesar de não estar necessariamente calor, o sol estava forte.
O Enee estava morrendo de calor. O pêlo dele estava comprido, e por ser escuro, ele sente mais calor, como se estivesse usando um casaco de pele. Ele deitou embaixo da mesa, bem comportado, e demos uma tigelinha cheia de gelo pra ele, que ele adorou ficar mastigando pra se refrescar.
A comida estava gostosa. O André comeu um lobster roll e eu uma salada de salmão. Eu resolvi tomar uma cerveja. Isso mesmo, cerveja. Sempre detestei cerveja, mas resolvi tomar a tal Coors light, e confesso que gostei.
Depois do almoço fomos caminhar na praia, que me lembrou as praias de Floripa, com pedras num canto e uma boa faixa de areia, que era fininha e branquinha. A água era de cor parecida com água das praias de Floripa também, mas extremamente gelada. Sem chance de eu conseguir nadar lá, nem em dias de muito calor!
Voltamos pra Boston logo depois disso, pra alguns compromissos. Vi depois no website do hotel hoje que em alguns quartos eles aceitam cachorro, então existem grandes chances que voltaremos praquele hotel pra uma estadia num final de semana no verão.

Passeio por Falmouth e Silver Beach, em Cape Cod

Domingo foi mais um dia cheio, e depois de uma soneca recuperativa de tarde, apesar do tempo estar meio feio, resolvemos is no festival da primavera em Harvard. Harvard não fica longe de casa e em cerca de 25 min de caminhada estávamos lá, com o Enee a tiracolo.
Haviam várias barraquinhas nas ruas, algumas vendendo comida, outras roupas, outras artesanato ou enfeites. Havia também apresentação de música e dança em cada esquina. Como já estava no fim do festival, não estava muito cheio, mas havia um número considerável de pessoas.
Comemos um arancini na barraca de comida italiana, que estava bom até. Claro, nada comparado com os feitos na Sicília. Arancini é um salgadinho igual uma coxinha, mas dentro tem arroz e algum outro recheio, como carne. Eu sempre como o de espinafre com queijo.
O Enee fez o maior sucesso, como sempre, com gente querendo dar biscoitinho pra ele, passar a mão na cabecinha dele e assim por diante.
Depois de observar uns desenhos feitos no chão chegamos até uma área separada da rua, que vendia cerveja. Adivinhe, o que fomos fazer? Isso mesmo, fomos tomar uma cerveja. Eu pedi uma Bud light. Admito que dessas cervejas que as pessoas dizem que parece água, eu consigo tomar um copo. Acho que aqui vou conseguir me socializar melhor com as pessoas, pois a cerveja não é forte como as da Inglaterra.

Tomando uma cerveja no festival em Harvard


2 casais vieram nos perguntar sobre o que deveriam ver Harvard, pois eles moram em outro estado e como vieram pra uma conferência em Boston, resolveram conhecer Harvard. Na real é o que eu já comentei nesse blog (acho). O Campus de Harvard não tem nada de espetacular. São vários prédios de estilo mais europeu, que de repente pra americano são interessantes e diferentes, mas que pra quem já esteve em Oxford e Cambridge (UK) e está acostumado com a arquitetura européia, os prédios daqui não sao nada demais. Mas foi legal ficar conversando com os casais e aprender sobre Wisconsin, a região de onde eles são, e percebi o quanto já sei sobre Boston, conseguindo dar dicas de lugares pra visitar. Tem tanta coisa que eu quero fazer por aqui ainda... Agora que é verão, quero todo fim de semana fazer algum passeio diferente!
A caminhada pra casa foi bem agradável, pois agora na primavera as árvores estão todas floridas. Eu gosto de sentir o cheiro das flores quando eu passo por elas. Logo antes de chegar em casa começou a cair a maior chuva. Enquanto o André e Enee corriam pra casa, eu abri meu guarda-chuva. Sempre prevenida hehehe

https://youtu.be/-CQmuoilo2w

Visita a Ilha do Campeche

 Sabe aquela história que se repete em todos os lugares, onde as pessoas só fazem turismo em lugares que não são onde elas moram? Existem pa...