Sunday, 16 September 2018

Concertos de verão

Era março e o inverno ainda estava a toda aqui em Boston: frio, neve, escuro. Era fim de semana e eu estava tomando um drink na sala de casa, meio deprimida por fazer meses sem ter tido atividade social ou atividades fora de casa. Fui pesquisar na internet alguma coisa pra fazer no verão, pra me dar motivação.  Pensei que fazia tempo que não ia num show e comecei a pesquisar algumas das bandas que eu gosto bastante. Vi que o Ed Sheeran iria tocar perto de Boston em setembro. Eu gosto bastante das músicas dele e já havia pensado que um dia gostaria de ir num show dele. Pra me animar, comprei 2 ingressos, apesar de saber com quem iria, e apesar do show não acontecer por 6 meses.
O verão chegou, e depois de ter passado a maior parte do tempo ocupada com a mudança de casa, resolvi ver quem mais viria tocar em Boston. Vi que o Peal Jam iria tocar aqui, uma das minhas bandas preferidas! Já fui no show deles em Londres, mas adoraria ir de nov. Infelizmente perdi a data de compra e não haviam mais ingressos pro show dele (quer dizer, havia revenda de ingressos, com cada um custando mais que $500). Vi também que algumas bandas do meu interesse estariam por aqui, mas eu ia escolher só mais um show pra ir. As minhas escolhas estavam entre: Smashing Pumpkins (já fui no show deles em Auckland), Marron Five (opção interessante), Foo Fighters (outra opção interessante), The Offspring (era muito fã deles quando adolescente, mas nunca mais os acompanhei). Acabei escolhendo o Foo Fighters. Como muitos dos fãs deles, eu comecei a ouvir as músicas deles pelo fato de o Dave Grohl ser ex-baterista do Nirvana, que foi minha banda preferida por grande parte da minha adolesência (entre uns 14-16 anos eu ouvia muito Nirvana e Pearl Jam). Conheço diversas músicas deles, apesar de não ser necessariamente fã.
O show do Foo Fighters foi no fim de Julho, no estádio Fenway Park, onde o time de baseball Red Sox joga. Este estádio é central e fácil de chegar. Dá pra ir de transporte público, mas como moramos longe do centro, fomos de carro até um estacionamento central onde já temos convênio e de lá pegamos o metrô até o estádio.
A primeira coisa que fizemos foi comprar algo pra comer e pra beber, e era todas as opções eram bem americanas: só porcaria (sanduíches, batata frita, pizza etc). Nos enchemos dessas porcarias (nem estava tão bom pra justificar ter comido porcaria) e logo que nos sentamos no estádio o show começou! Fazia uns 2 anos que eu não ia num show e foi muito legal ver uma banda de rock tocar ao vivo. A empolgação na hora das músicas mais conhecidas é contagiante. Cantei e até me arrisquei a dançar um pouco. A platéia estava bem animada e eles tocaram por 2:30. Nossos lugares eram logo embaixo de uma marquise, enquanto a maior parte do estádio é ao ar livre. Cerca de 1:30 de show começou a cair a maior chuva, bem forte mesmo! Deu até pena de ver todo mundo se molhando daquele jeito, mas como estava relativamente calor, acho que a maioria das pessoas não se importou de ficar enxarcada. A banda que não pareceu se importar nem um pouco com a chuva.
Gostei de ver o Dave Grohl tocar bateria numa das músicas, lembrou os tempos de Nirvana, claro.

6 meses se passaram desde março e eu ainda estou aqui, viva e saudável, e ontem a noite fui no show do Ed Sheeran. Eu convidei diversas conhecidas pra ir comigo, umas 6 meninas diferentes, e nenhuma quis ir comigo (duas até queriam ir, mas uma estava viajando e a outra tinha compromisso), e acabou que o André foi minha companhia, apesar de não ser o estilo de música que ele gosta.
O show foi no estádio onde o time de futebol americano de Boston joga (o Patriots): Gilette Stadium, que fica numa cidade ao sul chamada Foxborough. Essa cidade fica cerca de 1 hora de Boston. Isso sem trânsito... Possivelmente por ser uma sexta-feira de noite nós demoramos mais de 3 horas pra chegar lá. Eu simplesmente não aguentava mais estar naquele trânsito infernal!! Foi péssimo! Nunca mais vou praquele estádio pra absolutamente nada! Ao contrário dos estádios daqui de Boston, naquele não tem como chegar de trasporte público, então não tem como chegar sem ser com trânsito infernal. A maioria das ruas lá perto são fechadas (pra não incomodar os residentes da vizinhança).
Uma vez que finalmente estacionamos o carro (num estacionamento gigante), percebemos que o lugar não é somentee um estádio, mas sim um complexo enorme com hotéis, bares, restaurantes, lojas, lugar pra jogar boliche e o escambau. Na real existem também diversos estacionamentos gigantes por ali, pra atender ao público que vai aos jogos de futebol americano. Parece que quando tem jogo as pessoas chegam super cedo e ficam fazedo churrasco no estacionamento. Uns nem assistem o jogo, ficam só no estacionamento, que por causa disso tem as maiores vagas que eu já vi na vida.
O estádio me pareceu maior que o Fenway Park, mas ainda assim não era tão grande como Wembley.
Mas agora vou falar do show em si: foi bem legal! Ele é um artista bem talentoso e toca o show sozinho, o que é impressionante. Ele conversa com a audiência, conta histórias pra dar contexto pras músicas dele, que eu acho lindas! O show dele foi totalmente diferente do Foo Fighters, já começando no tipo de audiência. O Ed Sheeran tem fãs que vão desde crianças até pessoas de mais idade, então é um show bem família, com todo mundo sentado, enquanto que no Foo Fighters  a diferença de idade do público é bem menor e ficava todo mundo em pé pulando (apesar de eu ter feito questão de ter pego cadeira, fiquei em pé a maior parte do tempo no Foo Fighters). O Ed (pros íntimos hehehe) cantou os maiores sucessos dele e eu me impressionei que conhecia quase todas as músicas que ele cantou!
Uma coisa é certa: sou bem eclética quando se trata de música :)

Show do Ed Sheeran

Esse show marcou também o fim do verão. As temperaturas estão perto de 20 graus (não tem mais dado calor), o verder das árvores estão se tornando marrom aos poucos, e as lojas já estão cheias de enfeites e doces de Halloween.

O vídeo de algumas músicas do show do Foo Fighters e Ed Sheeran não é interessante, é mais pra minha lembrança, mas se alguém quiser assistir está aqui: https://youtu.be/B08m-pNmRAE


Sunday, 26 August 2018

Summer Camp

Fim de semana passado tivemos uma experiência bem norte americana: acampamento de verão.
Sabe aqueles filmes da sessão da tarde, onde normalmente adolescentes de uns 12-16 anos vão pra um acampamento de verão? Pois é, foi bem num desses! A diferença é que temos mais que o triplo dessa idade, e não foi nossos pais que nos mandaram lá, mas sim a minha empresa, além do fato de que não era obrigatório.
O acampamento foi num lugar chamado Camp Taconic, que fica na região de Berkshire, aqui em Massachusetts.
Eu não sou do tipo de pessoa aventureira, que gosta de ir acampar, e só concordei em ir quando descobri que poderia ficar num quarto de casal no acampamento. A grande maioria dos meus colegas ficou em barracas ou nos alojamentos compartilhados, onde haviam diversas camas num mesmo quarto.
Saímos de Boston sexta-feira pelas 3 da tarde. A viagem normalmente dura cerca de 3 horas, mas por causa do trânsito só chegamos lá pelas 7 da noite.
Havia cerca de 200 pessoas da minha empresa no acampamento, que funciona como acampamento pra adolescentes durante o verão todo. Como é fim do verão, o acampamento recebe outros grupos, não necessariamente de adolescentes. Haviam diversos prédios de alojamento, quadras de esporte, piscinas, sala de jogos, refeitório. Durante o fim de semana tinha várias atividades que a gente podia participar: arvorismo, arco e flecha, pintar camisetas, uns jogos americanos típicos de verão, como kornball, tinha vôlei de praia, caiaques, stand-up paddle etc etc Além disse havia fartura em comida e não faltou álcool! De noite tinha show de arobacias com fogo, música e mais bebida.
Dava também pra assar marshmallows na fogueira, que eles chamam de smors. O André que gosta e comeu bastante, mas eu não quis, pois acho meio doce demais.

Enee e André de caiaque


Pra completar, o tempo estava muito bom! Não digo que estava excelente, pois não passou dos 28 graus, e por isso não consegui entrar na água. De noite a temperatura baixava bastante, pra cerca de 14 graus, então tinha que pôr calça e blusa, além de termos levado uma coberta bem quente. A maioria do pessoal tinha saco de dormir, coisa que não temos.
Socializei bastante com os colegas de trabalho, conheci outros, troquei idéias, relaxei, toquei um piano extremamente velho, vi que eu às vezes me divirto mais assistindo os demais se divertirem do que eu me unindo nas atividades deles (como ficar no pula-pula  que tinha no lago).
Nesta atividade, times tinham que construir algo que flutuasse e fazer uma corrida no lago.
Eu apareço na foto, apesar de não ter participado.

Assim como o Enee foi conosco, vários cachorros foram com seus donos pro acampamento. Devia ter uns 20 cachorros lá. O Enee era o mais peste de todos, mas o que mais fazia sucesso com todo mundo. Tem gente da minha empresa que conhece o Enee, mas não me conhece.
O nosso quarto possivelmente era o pior alojamento que já fiquei na vida, e não achei que iria conseguir passar mais que uma noite láe. Entretanto me diverti tanto que ficamos a segunda noite lá também!



Fotos aéreas do acampamento, feitas com o drone de um dos colegas

E foi assim que percebi que aos poucos vou me adaptando a cultura americana... posso não gostar de muita coisa, mas estou aprendendo a aproveitar melhor as coisas que eu gosto.

Video de algumas partes do fim de semana: https://youtu.be/5FzycVBNKAk

Sunday, 19 August 2018

Fim de semana em Rhode Island

Esse verão foi muito ocupado, com a mudanca de casa tomando muito do nosso tempo livre, o trabalho com bastante coisa pra fazer, tentando entrar na rotina num lugar novo, o Enee sendo expulso da segunda "creche" de cachorro... Nao tem sido um verao relaxante. Pra tentar tirar as dezenas de coisas pra fazer da cabeça por uns dias, concordei em tirar um dia de folga numa sexta-feira pra ir no almoco de verão da empresa do Andre, que aconteceria na casa de praia do chefe dele, no estado de Rhode Island.
Deixei o Enee com uma amiga, afinal ficaríamos fora uma noite somente, e fomos em direção ao sul, pra Rhode Island. Eu não lembro o nome do lugar onde é a casa de praia do Paul, o chefe do Andre, mas é num tipo de condomínio na beira de uma baía bem bonita. A casa de praia dele é uma mansão numa reserva, que tem até um trapiche particular. Ele obviamente tem um barco.
Na casa de praia do Paul, chefe do André
No gramado da casa dele havia toldos brancos com mesas embaixo e várias pessoas espalhadas pelas mesas. Chegamos já era depois de meio-dia e estavam servindo almoco, bem estilo americano, com hamburguer e cachorro quente.  De sobremesa teve o que eles chamam de Sunday, mas que na real eram 3 bolas de sorvete estilo napolitano. Estava um dia bem bonito de sol e por isso muita gente foi passear de barco com o Paul. Tinha alguns jogos pras pessoas se divertirem, que eles nos explicaram que são bons pra brincar no verão, com copo na mão (ou seja, dá pra jogar bebendo álcool). Eu só experimentei o tal de Kornball, que consiste jogar uns saquinhos de areia por um buraco numa madeira colocada numa certa distância. Um dos colegas do Andre faz parte de uma banda, e ele tocou e cantou bastante durante o dia. Eu conhecia algumas pessoas da empresa dele, então até que me enturmei.
Saimos de lá já eram mais de 5 da tarde. Fomos até Newport, cidade de Rhode Island onde íamos passar a noite. Haviamos pegado dicas com algumas pessoas do que fazer lá, e assim que largamos as coisas no hotel fomos direto pro Cliff Walk, que é uma caminhada na beira do mar, que passa na frente de várias mansões. É uma caminhada bem agradável na beira do mar.

Cliff Walk em Newport
Pra janta fomos pro centrinho de Newport, uma área super agitada, com várias lojas, bares e restaurantes.
Deu pra perceber que as pessoas que frequentam aquele lugar têm dinheiro... bastante dinheiro! Muitas das casas e carros lá sao pura ostentação, e tem muita gente que parece que tomou banho de marca.
Ao caminhar pela rua principal à procura de um restaurante, eu noto uma pessoa que eu reconhecia de algum lugar.... meu cérebro funcionando bem rápido logo me disse que a pessoa que eu havia reconhecido eh o marido de uma celebridade que eu admiro muito. Não sou de ficar seguindo celebridade nem de pedir autógrafo, mas essa pessoa eu admiro, pois a acho muito inteligente e gostava de assistir o programa dela quando tinha televisão em casa. Essa pessoa é a juíza de direito Judith Scheindlin, conhecida como Judge Judy. Ela foi bem querida e deixou eu bater uma selfie com ela. Fiquei star struck!! hehehe Depois eu li que ela havia acabado de comprar uma casa de 9 milhões de dólares lá em Newport.... Mansão é o que não falta lá...

Eu e a Judith Scheindlin (a Judge Judy)
Conseguir um lugar pra jantar levou um tempo, pois estava tudo lotado! Acabamos indo comer num pub, mas pra nossa surpresa a comida estava muito boa. Comi vieira com bacon (tudo vai bacon aqui!) e vegetais, acompanhada de uma Budlight.
Agora vamos às mansões... No dia seguinte fomos visitar duas das mansões de Newport, que são abertas sao público. Tem uma rua chamada OceanView (eu acho), que eh simplesmente cheia de mansões lindíssimas. Algumas delas são aberts ao público para visitação. Existem tipos diferentes de ingressos, que dão direito a visitar um numero x de mansões. Nós visitamos a The Breakers (a principal, onde tem o centro de visitação pra comprar ingressos) e a The Marble House. Ambas as casas percenteram a uma família chamada Vanderbilt, que fez sua fortuna na época das ferrovias aqui nos Estados Unidos. Naquela mesma época, as coisas na Europa não estavam muito bem, e o dinheiro dessas ricas famílias americanas era muito bem vindo lá no velho continente. O dinheiro ia em troca de projetos de arquitetura pras mansões e pras pecas e pinturas decorativas pras mesmas, todas feitas por artistas europeus, como pinturas, tapecarias, objetos de arte. Alem disso, muitas filhas dessas ricas famílias americanas casaram-se com membros da aristocracia britânica, como duques e condes. As famílias americanas queriam titulos de realeza, e a aristocracia britânica estava falindo. O dinheiro trazido pelas noivas americanas ricas era muito bem vindo lá. Nem todas essas histórias era felizes, com muitas mulheres tendo sido forçadas a casar com algum britânico contra a vontade delas, só pra ganhar título de condessa. Um exemplo foi a filha da Ava Vanderbilt, a que morava na The Marble House. A mãe dela, a tal de Ava, foi uma mulher moderna no sentido de que se divorciou do marido numa época em que divórcio só era aceitável para atrizes. Além disso ela fazia campanha pras mulheres terem direito ao voto. Mas toda essa modernidade não a impediu de forçar a filha a casar com alguém que ela não queria.

Mansões de Newport

Essas mansões foram fechadas quando os Estados Unidos comecaram a cobrar impostos dessas famílias, que ateh então não só tinham mão de obra super barata, como ficavam com cada centavo que ganhavam. Com isso as famílias nao conseguiram mais manter as casas (detalhe que eram casas de veraneio), que acabaram ficando fechadas por vários anos, até serem abertas como museus para o público.
Gostei bastante de ter visitado essas casas e aprendido um pouco mais sobre a história americana daquela época e sobre as famílias das casas, assim como dos funcionários que lá moravam e trabalhavam. Dá pra fazer download de um aplicativo no celular com um audioguide das casas, que a gente vai ouvindo ao andar por elas. O custo do ingresso de 2 casas foi de 29 dolares por pessoa.
As casas era bonitas, mas obviamente bem menores se comparadas aos castelos e palácios europeus, que são muito maiores, mais bonitos, e mais antigos. Mas pra Estados Unidos é algo diferente que valeu a pena conhecer.
Almoçamos um sanduíche na casa de chá chinesa no The Marble House e ali fiquei me imaginando como dona da casa, vendo o mar ali na minha frente, em posição privilegiada hehehe
Comprei um livro de ficção sobre um crime no The Breakers, que ainda estou lendo. Tem sido legal ler o livro e lembrar das partes da mansao que eu visitei.

Video da viagem: Visita a Rhode Island

Sunday, 5 August 2018

É praia sim senhor!

Agora que é verão e que temos tido tempo de aproveitar os finais de semana, posso listar algumas coisas que no meu ver são vantagens de Boston sobre Londres (apesar de eu ainda preferir Londres):
calor, praia, carro.
Nos meus 9 anos na Inglaterra os verões duravam cerca de 2 semanas, e era raro dar 30 graus. Nos dias de sol todos os pubs em Londres, com seus beergardens, são lotados, assim com os parques. Os Lidos também ficam lotados, com todo mundo querendo aproveitar cada segundo ao ar livre num dia agradável de sol.
Aqui em Boston o verão me lembra mais os do Brasil, pois dá bastante calor por bastante tempo. Não é incomum termos mais de 30 graus, ás vezes perto de 40. E como no Brasil, as pessoas aproveitam os verões de forma diferente: indo à praia!
Em Londres, a praia mais próxima, Brighton, fica a 1h de trem. Não é uma praia bonita, com pedrinhas no lugar de areia. Nunca peguei praia lá, apesar de ter visitado a cidade algumas vezes.
Aqui em Boston todo mundo vai pra Cape Cod. Assim como em Floripa é normal as pessoas terem casa na praia, aqui é normal as pessoas terem uma casa em Cape Cod, e sempre que dá tempo bom vai todo mundo pra lá. Não preciso nem dizer que o trânsito fica um inferno, e a viagem de 2 horas por demorar 3 vezes mais dependendo de como está o trânsito.
Domingo foi um dia de bastante calor, e quando vi a previsão decidi organizar de passarmos o dia numa das cidadezinhas mais famosas de Cape Cod: Provincetown (também conhecida como P-town). Minha pesquisa mostrou que existem 2 empresas que fazem a travessia de ferry de Boston até P-town. O website de uma delas mostrava que os horários que queríamos estavam já lotados, então pegamos a ferry com a Bay State Cruise Company. Comprei os ingressos pela internet no dia anterior pra ferry que saía às 8:30 da manhã do centro de Boston e voltava às 3:30 da tarde. O ticket pra duas pessoas não é barato: $184. Fomos mais por comodidade, pois ir de carro até P-town seriam 2:30 se não tivesse trânsito, além de obviamente gastar combustível e ter que pagar estacionamento caro ao chegar lá, além do fato de que dirigir por lá não é tarefa agradável por ser uma cidade cheia de pedestres e bicicletas.
A travessia durou 90 minutos e foi tranquila. O Enee foi conosco, e depois do medo inicial de estar num barco pela primeira vez, ele se comportou bem na viagem.
Chegando lá, bem do lado do porto de chegada, alugamos 2 bicicletas e um mini-trailler pra cachorro, sendo puxado por uma delas, onde colocamos o Enee.
P-Town é uma cidadezinha lively e bonitinha, na ponta de Cape Cod. É particularmente famosa com a comunidade LGBT, e lá cachorros são muito bem aceitos nos estabalecimentos.
Cruzamos a cidade de bicicleta em direção a praia de Herring Cove Beach. O passeio durou cerca de 15 minutos, e era super seguro, pois lá os carros têm que andar bem devagar porque tem sempre bastante pedestre e bicicleta pelas ruas da cidade. A paisagem no caminho era bonita: dunas, vegetação e vários laguinhos.
Estacionamos as bicicletas numa parte um pouco mais afastada da praia, pois cachorro não pode ficar na área servida por salva-vidas. Haviam diversos cachorros na praia, todos com seus donos e presos na guia. O Enee adorou ficar cavando na areia e cheirando tudo, mas detestava entrar no mar. Estava bem calor, e eu fui até a água sem esperança de entrar, mas ao chegar lá vi que apesar de mais fria do que eu gostaria, não estava fria demais. Bastava se acostumar um pouco dentro e ela ficava bem refrescante. Quando vi, estava nadando no mar! Que coisa boa... fazia tempo que eu não entrava no mar, bem mais que 1 ano. Estava tentando lembrar onde foi que entrei no mar a última vez, e não consigo. Se duvidar, foi em fevereiro de 2017, visitando o Brasil. Não nadei tanto quanto gostaria, pois o Enee estava irriquieto e saí pra ajudar o André a cuidar dele.
Ficamos na areia um pouco, e depois levantei pra comprar algo pra beliscar. Caminhando em direção a onde tem salva-vidas tinha bastante gente e tinha um complexoprédio de madeira, logo saindo da areia, onde tem banheiro, chuveiro e um bar com mesinhas na rua. Lá comprei algo pra comer, algo pra beber, e voltei onde pra estávamos. Depois de termos forrado o estômago resolvemos caminhar até o outro lado da praia com o Enee, em direção ao farol, o Racepoint Lighhouse. Lá o mar é super tranquilo e cristalino, e dá pra atravessar caminhando (ou nadando, se a maré está alta) até o farol. Tem também um banco de areia bem comprido no meio, por onde as pessoas ficam caminhando. O Enee a essa altura já estava mais acostumado com a água, e apesar de não ter nadado, já entrava no mar com as patinhas e ficava tentando perseguir as ondas.
A essa altura já eram quase 2 da tarde, e o sol estava super quente. Hora de retocar o protetor solar e infelizmente também hora de irmos de volta pro centro de P-town pegar a ferry. Acabou que foi meio corrido devolver as bicicletas e comprar algo pra comer (não almoçamos, só beliscamos algo que eu havia comprado).

Chegada em Provincetown
Enee na praia
Águas cristalinas em Herring Beach
Trailer de cachorro


Era a coisa mais engraçada ver o Enee dentro daquele mini trailler, puxado pela bicicleta do André hehehe Saímos de lá com gostinho de quero mais, e eu super feliz de ter ido numa praia tão bonita quanto aquela.

Passeio a P-Town: https://youtu.be/ijWig1If7rc


No fim de semana seguinte, domingo foi outro dia lindo de sol, e desta vez fomos numa praia chamada Nahant, que fica 20 min de casa. Saímos relativamente cedo, pois o estacionamento lá limitado.
A praia não é bonita, a água não é cristalina, mas é o que tem de mais perto aqui em casa.  A faixa de areia é bem grande e tinha bastante gente. Ficamos lá pegando sol um tempo, eu caminhei até o fim da praia, mas voltamos pra casa logo antes do almoço. Deu pro gasto, e eu estava feliz de ter praia há 20 min de casa.


Nahant Beach




Saturday, 16 June 2018

Freedom Trail

Num fim de semana ensolarado e quente do verão bostoniano, resolvi fazer a tal da Freedom Trail, ou a Trilha da Liberdade.



Esta atividade é com certeza uma dos "must-dos" de quem vem visitar esta cidade, cuja atratividade, para pessoas fora do mundo acadêmio, para as quais Harvard e MIT são os principais motivos de visita, está fortemente relacionada ao seu papel na história da independência dos Estados Unidos. A Freedom Trail conta parte desta história e aproximadamente 4 kilômetros. Ainda que meu aprendizado tenha sido um tanto superficial, tenho certeza que vai enriquecer minha estadia pelos próximos anos aqui nesta terra.
Para começo da trilha, no qual tive que me descolar de Cambridge, onde resido, até o centro de Boston, resolvi apresentar ao meu cachorro um meio de transporte comunitário, como parte da minha função de expô-lo às mais variadas situações possíveis, com objetivo de evitar futuros ataques de pânico da parte dele. Pegamos um ônibus em Cambridge até a estação de metrô de Harvard. Já no ônibus pude perceber a agradabilidade das pessoas daqui, muito superior a das pessoas da Inglaterra. O motorista perguntou se o Enee não pagaria passagem, e ao ver minha hesitação não demorou a sorrir e dizer que era uma brincadeira. No metrô, não demorou pra que um funcionário viesse ao meu auxílio ao me ver com o Enee no colo tentando colocar mais crédito no meu cartão. Enquanto esperava o metrô, mais atenção foi dispendida ao meu pequeno canino, que mais parace um bicho de pelúcia com vida.
Fiquei com ele no colo a viagem inteira, tamanho o seu desconforto com a situação nova: barulhos novos, altos, cheiros diversos misturados no mesmo ambiente, luz fraca típica de um carro de metrô, túneis, e por aí vai.
Imagino que o seu alívio em ter saído do metrô não durou muito ao ter se deparado com o centro de Boston, com mais barulho, mais cheiros e mais pessoas do que está acostumado a ver. Lá não foi diferente, e logo foi o centro das atenções de diversas pessoas, que o deram água e biscoitos.
Para amenizar a falta que sinto de Londres, resolvi parar num Pret-a-manger e comprar um sanduíche de atum, uma das poucas coisas em comum no menu entre os 2 países, e pus-me a caminho do Boston Common, parque central de Boston, e começo da Freedom Trail.
Haviam bastante pessoas lá, sentadas nas mesas da pracinha dentro do parque, cercadas de vans servido comida e sorvete. Como boa inglesa, sentei-me na grama do parque ao invés da mesa, pois queria fazer um picnic de verdade, onde mesa não faz parte. Enquanto comia, tentava dividir minha atenção entre o ir e vir ao meu redor, e ler sobre o que encontraria na trilha.
Os diversos vídeos compilados num só terão mais informações do que eu serei capaz de escrever aqui, e o site da Freedom Trail (https://www.thefreedomtrail.org) com certeza tem ainda mais, para os interessados nos detalhes históricos e precisão dos eventos. O que relatarei será da minha experiência fazendo a trilha, mais do que a história que a trilha conta.
A história do Boston Common é interessante e lembra a história de muitos parques em Londres, no sentido de qe foi adquirido por alguém de posses num passado remoto, e que em algum momento foi destinado para o domínio público, para que cidadãos comuns pudessem usufruir dos gramados verdes, árvores, e tranquilidade num centro urbano. Se não me engano, um dos motivos pelos quais o dono do Common o passou para a cidade de Boston foi que a região ficou urbanizada demais para o gosto dele, que preferia os lugares mais remotos.
Logo ao lado do Boston Common tem uma igreja de Park Street, fundada no começo dos 1800s. Esta igreja foi cenário de muitos protestos para uma maior justiça social, entre elas a abolição da escravatura.
Eu e Enee no Boston Common
Onde Paul Revere foi enterrado
A mais antiga escola pública do país
Roupa típica da época da revolução
Estátua de Paul Revere
Um dos sites da trilha


A trilha é facilmente seguida através dos tijolos na calçada, que nos guiam a cada um dos lugares de interesse. E junto comigo haviam dezenas de outras pessoas, grande maioria turistas, que estavam interessados em aprender mais sobre a história contada na trilha. Muitos faziam parte de grupos com um guia particular, dos quais eu de vez em quando eu ouvia com gosto as peculiaridades que fazem valer o dinheiro pago, muitos vestidos a caráter com roupas da época da independência.
A próxima parada foi o Ganary Burying Ground, um cemitério criado nos 1600s, onde muitos cidadãos notáveis foram enterrados. Entre eles, Paul Revere, que pelo que eu aprendi foi o principal personagem nesta história toda. Não só nesta trilha, mas nos eventos que se sucedem a independência americana (como a maratona de Boston), ouvi falar deste nome diversas vezes, sempre com muito orgulho. Outras paradas de interessa na trilha são a casa onde Paul Revere morou, em North-end, e uma estátua em sua homenagem em um dos parques.
Cachorro não pode entrar no cemitério, o que é compreeensível, mas como o Enee é pequeno o suficiente pra ser carregado, me deixaram entrar com ele na condição que ficasse no meu colo o tempo inteiro.
Passei pela primeira escola pública dos Estados Unidos, de 1635, onde estudou Benjamin Franklin, e também pelo site do massacre de Boston, o evento que deu início a revolução, quando um dos soldados reais revidou com um golpe com sua arma um homem, por ter proferido ofensas à coroa britânica (ou um dos seus oficiais). Outros homems que estavam ao redor começaram a atacar o soldado com bolas de neve e pedras, ao que outros soldados vieram ver o que estava acontecendo, e começou a maior briga. Obviamente que os guardas armados tinham vantagem sobre os civis desarmados, e a ignorância falou mais altos e acabaram atirando, resultando na morte de 5 pessoas. Paul Revere publicou e circulou um folheto sobre o episódeo, chamando de massacre, que fomentou o descontentamento de muitos com a presença de tais oficiais em Boston. Esta foi uma das maiores sementes plantadas que deu força as vozes contrárias a condição de colônia.
A trilha passou também por Quincy Market, uma área legal do North End, com bastante restaurantes e mercados. Estava cheio de gente, e foi onde parei pra ir no banheiro. Confesso que não foi tarefa fácil enfrentar a fila do banheiro e usar o cubículo com o Enee junto, pois ele queria escapar por baixo da porta.
Foi interessante passar pela Charleston Bridge com o Enee, em direção ao fim da trilha, pois a parte por onde passamos nós pedestres não é de concreto, mas sim de uma estrutura de ferro, com buracos por onde se vê o rio embaixo. A ponte treme, e os carros passando fazem um barulho imenso, coisas nada agradáveis para os caninos. Mas o Enee, apesar de estar tremento de medo, conseguiu cruzar caminhando. Na metade do caminho havia um casal vendendo água gelada (estava o maior calor), e eles ficaram impressionados e encantados com o Enee, e deram gelo pra ele comer.
No outro lado da ponte vi o barco USS Constitution, que foi utilizado em uma das batalhas com os britânicos, e em parte construído adivinhem por quem? Ele mesmo, Paul Revere...
Não fiz questão de entrar no barco, e resolvi ir logo pro ponto final da trilha, Bunker Hill. Entretanto, no caminho até lá eu descobri que estava em Charlestown. A minha orientação em Boston ainda não é das melhores, então só percebi onde estava quando reparei no estilo das casas, que é bem típico daquela área da cidade. Parei num parque bem agradável, que também tinha uma história interessante que eu li na placa, mas que não me recordo mais. Com a idade, a nossa memória fica mais seletiva... O monumento em Bunker Hill marca uma das grandes batalhas com os britânicos, que segundo a história foi a primeira batalha onde os americanos perceberam que haviam chance contra os soldados britânicos, apesar destes últimos terem vencido esta batalha.
USS Constitution
Um parque em Charleston
Bunker Hill

Ficamos cerca de 3 horas fazendo a trilha, e mais uma hora pra voltar pra casa. Pra compensar os meses horríveis de inverno, onde fiquei trancada em casa, resolvi descer umas estações antes e caminhar até em casa. Desci em Davis Square e caminhei até a nossa casa, o que deu mais 30 minutos. A caminhada por Cambridge é sempre muito agradável, e ainda vi um pouco de um jogo de baseball em Danehy Park, a caminho de casa.
Nunca vi o Enee tão cansado. Mal chegamos, ele desabou no chão e dormiu por mais de 2 horas.

Video do passeio: https://youtu.be/iRJT5B-isns

Tuesday, 5 June 2018

Almoço com esquilos e encontro com suffragete em Londres



Já que estava por estas bandas, e também pra viagem de volta a Boston não ficar tão cansativa, resolvi passar 2 dias em Londres pra rever a cidade e amigos. Queria ver como seria minha impressão de viver lá por 2 dias quase 1 ano após ter me mudado de lá. Fiquei hospedada na casa da minha amiga Jinny, e foi ótimo ter colocado o papo em dia com ela. Fomos pra um pub em Ladywell, perto de onde ela mora, e por estar um dia bonito de sol e calor (sim, isso em Londres), sentamo-nos no beergarden do pub. Tomamos uma jarra de Pims com lemonade e almoçamos comida típica de pub. A única coisa ruim são os fumantes, mas espero que logo proíbam pessoas de fumar em beergardens.
No dia seguinte não sabia direito o que fazer. Não havia planejado nada especial pra minha estadia em Londres. Podia ir pra onde quisesse na melhor cidade do mundo. Uma sensação ótima de liberdade! Acabei por ir num lugar meio diferente, que pensei e várias vezes de visitar durante os anos que morei lá, mas que acabei nunca indo: Brompton Cemetery, perto de Earls Court, West London. Conforme escrevi no blog grazineurope, no post quando visitei Highgate Cemetery, existem 6 cemitérios vitorianos em Londres, onde pessoas de interesse foram colocadas pra descansar pra sempre. Além disso, tais cemitérios foram meio que tomados pela vegetação, o que deixa a paisagem diferente, como se fosse a de um parque. No caminho pra lá comprei um almoço típico britânico: sanduíche, uma bebida e um pacotinho de chips, e levei comigo, já com a idéia de achar um canto quieto e fazer um picnic. Talvez algumas pessoas achem isso estranho ou até mórbido, mas garanto que muita gente não. Tanto que vi várias pessoas fazendo a mesma coisa, alguns lendo, outros fazendo exercício, no parque/cemitério.
Caminhei um pouco por lá e achei o túmulo da Emmeline Pankhurst, a líder das sufragetes. Eu aprendi sobre elas quando fiz a prova pra pegar cidadania britânica, e depois assisti um filme sobre o movimento (recente até, com a Merryl Streep e a Carrey Mulligan), o que realçou pra mim a importância que aquelas mulheres tiveram pra que hoje em dia eu possa votar e ter direitos iguais. Das coisas que eu mais gosto em Londres é o fato de que onde é que se vai, tem alguma história importante que se passou ali.
Sentei-me pra comer meu picnic e não demorou pra aparecer um esquilo, que ficou parado me olhado. Dei um pedacinho e pão pra ele, e ele ficou por ali mesmo. Depois vieram mais 2 esquilos, que também comecei a alimentar, e depois vieram 2 pássaros. Na real eu sei que não deveria tê-los alimentado com essas coisas, mas eu gostei de ter a companhia deles pro almoço...

Pims & lemonado no beergarden de um pub com a Jinny
Brompton Cemetery, almoçando com os esquilos
Túmulo da sufragete
Hotel em Russel Square
Estátua da Virginia Woolf, em Tavistock Square


Resolvi então ir pro outro lado de Londres visitar o British Museum e depois a British Library. Já fui lá diversas vezes, e não canso de me maravilhar com as milhares de coisas interessantes que tem pra ver e aprender nesses 2 lugares. Mas o que me chamou a atenção desta vez foi que agora, pra entrar em ambos, precisa passar por segurança pra revistar bolsas, e passa-se também por detector de metais.
Depois disso fui comer alguma coisa na estação de Kings Cross. Enquanto estava comendo vi um casal de bastante idade que parecia procurar um lugar pra sentar. Ofereci pra dividir a mesa com eles, e começamos a conversar. A senhora me contou que tem 90 anos e se mudou pra Londres pela primeira vez com 19 anos, em 1947 pra ser professora. Hoje não moram mais lá, mas vêm duas vezes ao ano pra que ela se consulte com um especialista pra um problema de visão. Queria ter ficado conversando mais com eles pra saber de Londres daqueles tempos por alguém que vivenciou, mas infelizmente não deu.
Dali fui num pub ali perto de Kings Cross encontrar algumas das pessoas que trabalhavam na Harvey Nichols na mesma época que eu, e depois de duas horas de bate-papo, voltei pra casa da Jinny.
Terça-feira eu acordei bem tarde. Foi o primeiro dia desde que comecei a viagem que levantei da cama depois das 9, e foi ótimo ter descansado mais. Encontrei um pessoal da John Lewis pro almoço, em Victoria, e depois fui pra Westminster Cathedral (onde eu ia a missa nas sextas-feiras depois do trabalho) pra agradecer a viagem e pedir pelo bom retorno. Fui até Trafalgar Square e comprei o livro Walden, de Thoreau, que conta da época que o escritor morou  uma cabana no lado Walden, perto da cidade de Concord, cerca de 20 min de casa. Quero visitar o lago e resolvi ler o livro pra saber mais sobre o lugar. Caminhei pelo Strand até Embankement e sentei-me numa daquelas cadeiras de verão que ficam espalhadas por Londres essa época do ano. Fiquei ali lendo o livro, enquanto algumas pessoas jogavam ping-pong numa mesa ali na frente.
Depois de mais ou menos uma hora fui caminhando até City of London, passando por St. Pauls, onde parei pra bater uma foto. Encontrei a Jinny num bar chamado Citysocial, que fia no 24º andar de um prédio e tem vista legal pra algumas áreas de Londres. Tomei um cosmo (ok, 2!) e jantamos ali também, batendo diversas fotos da vista, que nem duas turistas.

St. Pancras Hotel, meu prédio preferido de Londres
Drinks com ex-colegas de trabalho
Cocktails em central London com a Jinny
Westminster Cathedral, onde eu assistia missa as vezes


Quando voltamos pra casa da Jinny já era escuro, e estava no fim da minha estadia em Londres. Hoje fiquei em função da viagem de volta, arrumando a mala, comprando lembrancinhas etc. Agora estou no avião da BA de volta a Londres e mal posso esperar pra ver o André e o Enee!!  Saudades de Londres.... sempre...

https://youtu.be/ySwH1tjZ5-o

Friday, 1 June 2018

Casamento em família


Minha irmã e o agora marido dela estavam inspirados quando escolheram o lugar pra realizar o casamento e o jantar que seguiu. Foi um casamento simples, sem milhares de detalhes nem ostentação. Essas duas coisas foram providenciadas pela natureza do lugar: vistas lindíssimas do Lago di Garda e montanhas, com as ruínas do Castello di Arco ao fundo. A celebração foi pequena, só pra família próxima e alguns amigos deles. Foram convidados também amigos dos meus pais que moram ali por perto, além do primo que estava visitando Verona. O objetivo da minha irmã não era fazer festa, mas sim reunir a família. Não havia presunção com relação ao guarda-roupa, tanto é que tinha pessoas que foram de sandálias normais, outros de calça jeans. Alguns de nós, entretanto, escolhemos nos vestir como se fosse pra um casamento normal.

Algumas cenas do casamento


A cerimônia foi realizada em italiano, com meu pai de tradutor pro português (apesar de que nem precisava, pois todos lá conseguíamos entender italiano), e foi relativamente curta. Começou cerca de 2 da tarde e estava muito, mas muito calor, tanto é que até eu levei sombrinha pra me proteger do sol.
O Zé, cachorro deles, levou as alianças hehehe achei o máximo!
Depois de cerimônia batemos umas fotos. O André foi o fotógrafo oficial do casamento, utilizando a câmera do noivo), e ele estava vestido com uma roupa que o deixava parecendo um italiano daqueles de filme. Inclusive várias pessoas demoraram a reconhecê-lo, achando que era um fotógrafo profissional hehehe
Teve Champagne e alguns canapés no bar ali do castelo mesmo, e ficamos conversando por cerca de 3 horas, todos mesmerizados com a paisagem e o ambiente. Até a chuva que parecia que ia cair resolveu colaborar e não caiu.
O restaurante onde jantamos pra celebrar chamava-se La Casina, e foi dos melhores restaurante que eu já fui. Não só a comida era deliciosa, pra chegar lá a gente dirige por campos bonitos, e o restaurante em si é lindo, rústico e cercado de plantas, com ambiente dentro e fora. Estava uma noite agradável, e ficamos todos saboreando os diversos pratos que foram servidos, regados de um bom vinho e acompanhados de bastante conversa e histórias.

Algumas cenas no jantar


Foi a celebração perfeita! E o melhor de tudo foi ver meus pais super felizes de terem vivenciado esse dia.

https://youtu.be/d5VQkRbqRAE



Visita a Ilha do Campeche

 Sabe aquela história que se repete em todos os lugares, onde as pessoas só fazem turismo em lugares que não são onde elas moram? Existem pa...